Monday, January 5, 2009

Perguntas, perguntas

No outro dia, numa normal conversa com amigos, daquelas que surgem depois do almoço e acompanhadas por cafés no departamento, o assunto tomou uma direcção interessante.

A pergunta que foi colocada foi a seguinte:
"O que gostarias de fazer antes de morrer?"
Feita esta pergunta é normal que toda a gente responda "Ihhhh tanta coisa!" mas quando se insiste para serem enumeradas não saem tantas assim. A verdade é que a pergunta parece fácil mas, apesar dessa facilidade aparente e do seu critério completamente hipotético e até de certa forma desligado da realidade, a imaginação rapidamente nos começa a faltar.

Pois bem, desta vez o objectivo era fazer uma lista de coisas (mais ou menos possíveis e a diversas escalas) que gostarias de, caso se surgisse a oportunidade, fazer.

(não, não vou por aqui a minha lista)

Enfim, como éramos alguns, um puxava o outro e o brainstorming foi produtivo. Muitas ideias foram disparadas para o ar e foi engraçado como todos poucas nem sempre surgia uma coisa que todos gostássemos de fazer.
Uns queriam fazer loucas viagens (à volta do mundo, de comboio pela Índia etc), outros gostariam de despedaçar um televisor com uma marreta enquanto outros optariam por fazer queda-livre. Enquanto uns diziam que gostariam de conduzir um F1 outros optavam por um jipe e uma savana. Alguns iriam "cagar de alto para o mundo" do topo do Everest enquanto outros aspiravam ir mais alto ainda entrando em órbita. Havia quem quisesse ir viver para uma metrópole cosmopolita como Londres ou Nova Iorque e havia também quem gostasse de uma semana de isolamento total num mosteiro tibetano.

A conversa acabou. Ainda pensei nisso durante o resto do dia mas, eventualmente, o assunto varreu-se da minha cabeça e nunca mais lhe dediquei atenção...


... até que estes dias me deparei com uma pergunta bem mais difícil.

(O que tentavas fazer se soubesses que não falhavas?)

Sorri quando li isto e reparei que, mais uma vez, não sabia dar uma resposta satisfatória.

13bly

4 comments:

Cristina Sousa said...

A esta recuso-me a responder para não dizerem que dei uma resposta "à miss"!!^^

(E em relação ao "discernimento" anterior, a proposta "brilhante", que creio saber de quem possa ter vindo, do "cagar de alto para o mundo" do topo do Everest teria o meu voto... mas se fosse do topo de outra coisa, do Everest não que incomoda e pode fazer com que fiquemos sem a ponta do nariz, ou dos dedos, ou...)

Enfim, hibernar uns dias no Tibete parece-me bem ;)
Como diria o outro, "Vale a pena pensar nisto!" Gostei do post, sim sr!
:P

Rita said...

Perguntas difíceis! Estamos tão ocupados com as nossas vidinhas que nunca realmente fazemos o que queremos/sonhamos fazer.. pelo menos falo por mim.. beijinho*

Luís Bateira said...

Eu ia para um campo com uma casa rustica e com o por de sol recordava tudo o que vivi com o um sorriso de orelha a orelha..

..provalvelmente isto levava-me a um dia de choro feliz, depois sentia-me sentimentalista e pouco macho.. e no meio do desespero matava-me antes de morrer..

..ou não =)

Sorria o dia todo a pensar no sentido da vida, amor.

Luís Bateira said...

PS - tenho saudades de esse café no departamento..

..uma destas terças volto a chatear-te..