Tuesday, September 30, 2008

( X por Y ) ²


X = Creep (Radiohead) ; Y = Scala (coro feminino Belga)


13bly


Sunday, September 28, 2008

I Fotograma

fotograma

s. m.,
cada imagem fotográfica de um filme;

Brand Upon the Brain!


13bly

Friday, September 26, 2008

Homicídio

When others demand that we become the people they want us to be, they force us to destroy the person we really are.
It's a subtle kind of murder.

- Jim Morrison


13bly

Saturday, September 20, 2008

1, 2... experiência

Experiência
do Lat. experientia

s. f.
habilidade e perícia adquiridas com o exercício de uma arte ou ofício;
conhecimentos resultantes de vivências subjectivas;
soma de conhecimentos;

Filos.
conhecimento transmitido pelos sentidos.


Uma vez de longe a longe vemos algo que nos marca de forma diferente, algo que para nós ultrapassa o convencional, algo desenvolvido com maior mestria e que, mais do que um filme ou um documentário, se transforma numa, à falta de uma melhor expressão, autêntica experiência áudio-visual.
Não necessariamente pela narração ou pela história, por vezes é o impacto visual, a tensão provocada pelo conjunto imagem/som ou uma realização/edição mais arrojadas que fazem de alguns destes filmes uma experiência verdadeiramente inesquecível, mais do que pedaços de entretenimento estes filmes que vos apresento de seguida são obras de arte.
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Pink Floyd: The Wall
Pegando no já de si excelente álbum The Wall dos Pink Floyd e dando-lhe esta nova dimensão visual construiu-se este filme que mistura animação com elementos reais de uma forma quase perfeita contando-nos uma história carregadíssima de simbolismo com uma mensagem poderosa.
Tudo abona a favor neste filme. A música é sublime, todas as imagens são fabulosas e a difícil história de vida do jovem Pink mantém-se sempre actual.
The Wall é uma peça fascinante com a qual não é difícil identificarmo-nos, é uma verdadeira obra de arte acerca do comportamento humano. Trailer
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Sigur Rós - Heima
Já disse o que achava deste documentário/tour dos Sigur Rós num post anterior (inclusivamente fui preguiçoso e repeti a imagem).
Não tenho muito mais a acrescentar excepto que foi um dos primeiros que me passou pela cabeça quando me lembrei de fazer este post. Trailer
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INLAND EMPIRE
Praticamente qualquer filme do génio Lynch poderia ter o seu lugar nesta lista, mas optei por este (e mais abaixo o Eraserhead) por serem talvez os mais intensos.
Já escrevi, num post anterior, o meu parecer acerca desta obra.
INLAND EMPIRE é um filme frenético carregado de insanidade. Uma autêntica montanha russa de emoções. Trailer
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Brand Upon the Brain!
A determinada altura Guy Maddin achou que seria boa ideia, nos dias de hoje, fazer um filme mudo "à moda antiga". O fruto dessa ideia é este, Brand Upon the Brain! reúne quase todos os elementos que caracterizam os 'velhinhos' filmes mudos, mas inclui um toque de loucura que não era utilizado nos clássicos. Trailer
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Eraserhead
O primeiro grande filme de David Lynch quase pode ser comparado ao resultado de uma experiência de um cientista louco. Eraserhead é um produto de pesadelo!
Insana e intensa esta visão quase demoníaca de Lynch abriu caminho para muitos outros desta lista e dentro do género.
Tem cenas bizarras, nojentas e quase indecifráveis, diálogos muito esparsos, sons deveras estranhos... mas todos estes elementos combinados de uma forma que, se nos deixarmos envolver pelo ambiente do filme, nos deixa completamente agarrados. Trailer
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π (Pi)
Pi (o número) é caótico, Pi (o filme) faz juz ao nome e também o é. Quase seguindo nas pegadas de Eraserhead este filme parece um pesadelo.
Confesso que este filme não é o meu favorito mas achei que merecia ser mencionado.
Tem algumas referências matemáticas e religiosas interessantes e cenas bastante bem conseguidas. Nota-se que algumas das cenas serviram de "ensaio" para o fantástico Requiem for a Dream (do mesmo realizador). Trailer
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Tetsuo, the Iron Man
Este muito aclamado filme japonês segue também as pisadas de Eraserhead.
Tetsuo é um total delírio cibernético. A história é inacreditável e é muito forte. Tal como os dois filmes anteriores parece um dos nossos piores pesadelos, mas no entanto, uma vez envolvidos pelo filme é difícil parar de ver.
É talvez o que menos gostei de todos (talvez por ser o mais demente) mas dada a intensidade que o filme consegue transmitir e todo o seu forte impacto visual e carácter bizarro achei que não podia faltar nesta pequena lista. Trailer | Trailer da sequela (já a cores) que ainda não vi.
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Apenas algumas notas referentes a estes filmes:
  • Será que uma ausência de cor aguça os restantes sentidos tornando o filme mais intenso? Se repararem, uma grande parte destes filmes são a preto e branco;
  • Em todos os filmes a música e os efeitos sonoros têm um papel muito importante;
  • Nesta lista destacam-se mais os dois primeiros pois são muito diferentes, tanto em conceito como em concretização. O The Wall é uma adaptação de um albúm musical a filme e o Heima é uma espécie de documentário musical acerca dos Sigur Rós e da sua ligação com a Islândia já os restantes se encaixam quase no mesmo grupo (demência com uma história um tanto ou quanto difusa mas carregados de intensidade).
  • De certeza que muitos outros filmes poderiam fazer parte desta lista mas, ou não os vi, ou me esqueci deles. Se souberem de algum que acham que poderia fazer parte desta lista façam o favor de sugerir.

13bly


Tuesday, September 16, 2008

"X" por "Y"

"X"por "Y" é a nova rubrica deste blog.

Nesta equação "X" representará o objecto visto por outros olhos e "Y" será o criador a quem esta nova versão pertence.
Confuso? Ok... no fundo "X" por "Y" significa o filme/livro/poema/quadro/etc. X visto pelo autor/pintor/realizador/fotógrafo/etc. Y.

Alguma vez se perguntaram por exemplo, como seria um filme da Disney visionado por David Lynch (de quem muito se falará num próximo post)? Alguém decidiu tentar fazer esse retrato bizarro e o resultado é a primeira amostra desta rubrica.


X = A Goofy Movie; Y = David Lynch

13bly

Monday, September 15, 2008

His Great Gig in the Sky

Richard Wright
(28 Julho 1943 - 15 Setembro 2008)

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Monday, September 8, 2008

Camuflagem, do Fr. camouflage

A camuflagem é o conjunto de técnicas e métodos que permitem a um dado organismo ou objecto permanecer indistinto do ambiente que o cerca.
- in Wikipedia

Liu Bolin é um artista chinês que, na sua exposição 'Camouflage', explorou esta habilidade que é usada normalmente como defesa.
O seu trabalho ganha um outro sentido dado o ambiente de repressão vivido na China.


When Concealment Becomes a Strategy
Liu Bolin

Are human beings animals?
Chameleon has the unique property of changing hues to match the color of the surroundings for self-protection. Rattlesnake can bury most of the body in sand soil. This can not only protect itself but also have a better access to food. There are also many animals, such as gecko, beetle etc., which have learnt to deal with the environment and the enemy in the longtime fight of life and death. In order to survive, good concealment has become the most critical factor.

Human beings are not animals! Because human beings do not know how to protect themselves.


In the recent three thousand years history of human civilization, basically the two items are written clearly: one, human beings develop in the destruction of their environment; two, the development of human is full of bad exploitation for themselves. The cost of the brilliant human civilization is that human beings almostly forget they are still animals, and forget their own instinct.


Human beings seem to have forgotten that they still need to think how to survive. When mankind is enjoying its development outcomes, its own greed becomes its grave digger. In human society, concealment is definitely not so simple just making oneself safe. The concept of mankind is denied. Saying the existence of human plays a master or proactive role, it would be better to say that as the concept way’s human beings, they are just using their hands to slowly weaken themselves.


The meaning of human is particularly frail under the cloak of economic development. The disappearance in death is the human’s body, but the slowly weakened in economic development is the human’s spirit. Thinking even becomes the meaning of the life. The latter is more terrible than the former. The war in the first half of the last century and the economic development in the second half had weakened human beings to make anything meaningless. Whether directly or indirectly, would or reluctant, human beings, once considered to be Earth dominated, have gradually being carried punishment by the order of nature.


Perhaps the phenomenon of the human’s existence is the elucidative way to the world.


One handred years ago, each Chinese man had a long plait behind his back. At that time, this was normal. If a man had no plait or cut it short, it was a symbol of his innovative ideas. But now, the plait behind the back previously was the the hallmark of artists, recently becomes the patent of the hairdressers in hair salon, all of who would be disparaged by the majority people with short hair. Long hair and plait themselves are meaningless. Their meaning depends on the outside environment. Human beings are born in society, so our thinkings are fixed by traditional culture. Human beings are so miserable that even their thinkings are copied unconsciously to the next generation.

The mental enthrallment is more terrible than the physical disappearance.


Sometimes I feel fortunate that I was not born in the 1950s. The people in this generation experienced everything. They had many common ecperiences: having a deep feeling to Chairman Mao, cultural revolution, unnormal education, never going to college, obtaining iron rice bowl but meeting laid-off wave, cancelling to distribute houses, starting to buy houses, children going to school at their own expense and so on. Can merely the strength of culture and tradition influence the entire generation’s thinking styles.


Now, in the real material world, the world views of different people’s are also different. Each person chooses his/her own way in the process of contacting outside world. I choose to merge myself into the environment. Saying that I am disappeared in the environment, it would be better to say that the environment has licked me up and I can not choose active and passive relationship.


In the environment of emphasizing cultural heritage, concealment is actually no place to hide.




13bly

Sunday, September 7, 2008

o que é que isso interessa?

Tu disseste "quero saborear o infinito"
Eu disse "a frescura das maçãs matinais revela-nos segredos insondáveis"
Tu disseste
"sentir a aragem que balança os dependurados"
Eu disse
"é o medo o que nos vem acariciar"
Tu disseste
"eu também já tive medo. muito medo. recusava-me a abrir a janela, a transpor o limiar da porta"
Eu disse
"acabamos a gostar do medo, do arrepio que nos suspende a fala"
Tu disseste
"um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro por descobrir"
Eu disse "..."

Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Tu disseste "agora procuro o desígnio da vida. às vezes penso encontrá-lo num bater de asas, num murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon. escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo. depois queimo tudo e prossigo a minha busca"
Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

-Adolfo Luxúria Canibal
Tu disseste - Mão Morta

Thursday, September 4, 2008

Fragmentos de Europa

Numa aventura da dimensão de um InterRail onde se andam (no meu caso) 22 dias a deambular por sítios novos, sítios esses que são geralmente muito diferentes dos que estamos habituado e nos quais estamos constantemente a lidar com pessoas que têm outro passado cultural e social, tudo se transforma em muito mais do que uma viagem. Assim, mais do que memórias ou imagens gerais e bem enquadradas de uma cidade ou de um país (que mostrei no post anterior), ao olhar para trás, ficam os pormenores soltos, pequenos fragmentos de uma Europa explorada à pressa.






13bly

Tuesday, September 2, 2008

Memórias de um InterRail

Paris

Munique

Ljubljana

Zagreb

Belgrado

Budapeste

Bratislava

Viena

Praga

Amesterdão

San Sebastian


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