Monday, April 30, 2007

Mundo Cão

"Mundo cão" é uma expressão idiomática existente na língua portuguesa para descrever o mundo em que vivemos como sendo essencialmente mau. Essa expressão foi escolhida também para dar nome a este novo projecto da música portuguesa.

Os Mundo Cão são uma banda de hard rock (pesadote) e são constituidos por Pedro Laginha (na voz), Miguel Pedro (baterista pertencente também aos Mão Morta), Vasco Vaz (numa das guitarras, também dos Mão Morta), Budda (guitarrista) e Duarte Nuno (no baixo). Destes, salta à vista o nome de Pedro Laginha como vocalista, uma vez que ele era ainda desconhecido no mundo da música, sendo que até agora se tinha dedicado mais à representação (e devo dizer que não se saiu mal em nenhum dos dois campos).

Na passada sexta-feira, em mais uma das boas iniciativas da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, eles vieram cá à terra e eu acabei por ir assistir a um concerto deles (mesmo não conhecendo para além do nome, nem fazendo bem o meu estilo).

Notava-se que estavam ainda no início da sua digressão e que estão ainda no princípio de carreira (mesmo contando com alguns elementos bem experientes), mas ainda assim conseguiram cativar e contagiar o público com a sua actuação poderosa.

Das actuações destaco a incontornável Morfina (single de apresentação da banda) e o Divã de Tule. Para além disso, outros momentos altos foram o engasganço do baterista, as bocas de algum indivíduo que se encontrava "lá atrás" e a saída do Laginha do palco para ir ao backstage buscar um cigarro.

A única grande falha do concerto foi a não apresentação dos elementos da banda o que, na minha opinião, se deve à "inexperiência" do grupo e que virá a ser rectificado em concertos futuros.

Espero ouvir mais deles em breve.

13bly

Sunday, April 22, 2007

Gloria

"Gloria", escrita por Van Morrison (Van the Man para muitos dos fãs) e interpretada pela sua banda da altura os Them, fez furor nos anos 60.
Um ritmo interessante e chamativo, as vocais sempre impressionantes do Van e um refrão memorável ao soletrar "Gloria" são algumas características que lhe conferiram um estatuto de clássico de rock a ser lembrado na posteridade por muitas outras bandas.

Like to tell ya about my baby
You know she comes around
She about five feet four
A-from her head to the ground

You know she comes around here
At just about midnight
She make ya feel so good, Lord
She make ya feel all right

And her name is G-L-O-R-I
G-L-O-R-I-A (GLORIA)
G-L-O-R-I-A (GLORIA)
I'm gonna shout it all night (GLORIA)
I'm gonna shout it everyday (GLORIA)
Yeah-yeah-yeah-yeah-yeah-yeah

She comes around here
Just about midnight
Ha, she make me feel so good, Lord
I wanna say she make me feel alright

Comes a-walkin' down my street
When she comes to my house
She knocks upon my door
And then she comes in my room
Yeah, an' she make me feel alright

G-L-O-R-I-A (GLORIA)
G-L-O-R-I-A (GLORIA)
I'm gonna shout it all night (GLORIA)
I'm gonna shout it everyday (GLORIA)
Yeah-yeah-yeah-yeah-yeah
Looks so good (GLORIA) alright
Just so good (GLORIA) alright, yeah

A letra é simples, tal como a melodia (muito simples de tocar fazendo uso de apenas 3 cordas de guitarra), mas serve bem o seu propósito, mostrando que o sujeito estava completamente apanhado pela Gloria, que segundo parece devia ser cá uma mulher...

A cover mais conhecida deve ser a versão dos The Doors. Nesta versão o Jim Morrison dá com o seu tom de voz (e mesmo com a letra da música que é diferente da original) uma emoção mais forte à música e até um pouco de sofrimento com uma conotação muito mais sexual. Numa parte inclusivamente (transcrita a seguir) parece mesmo louco de desejo pela dita Gloria.

Hey whats your name?
How old are you?
Whered you go to school?
Aha, yeah
Aha, yeah

Ah, ah yeah, ah yeah
Oh haa, mmm


Well, now that we know each other a little bit better,
Why dont you come over here

Make me feel all right!


Parece mesmo que ele não aguentou mais a conversa de treta e resolveu quebrar a tensão sexual indo directo ao assunto. Esta parte culmina num refrão poderoso como se representasse a tão esperada consumação do seu desejo por ela (nesse refrão "gloria" assume , na minha opinião, o significado literal da palavra ao invés do nome próprio para assim simbolizar a gloria que ele atingiu com ela coughorgasmocough).

Praticamente a todo o resto da letra pode ser dada uma interpretação sexual, o que reforça a minha ideia.

Tanto a versão original dos Them (Van Morrison) como a dos The Doors (Jim Morrison) são grandes músicas, coisa que nem sempre acontece com covers.


13bly

P.S. - Desculpem pela foto, podia ter escolhido outra mas não resisti!! O homem manda pinta, Van the Man indeed!!

P.P.S. - Ainda não fui ver o 300. =\

Thursday, April 5, 2007

Requiem - o balanço / 300 - a expectativa

E bem... 4ª feira já lá vai e com ela a minha estreia em concertos de música clássica... e devo dizer que fiquei cliente!!

O Requiem foi muito bom, mesmo muito bom. Foi bem interpretado (pelo menos pra mim que seu um leigo) pela Orquestra Sinfónica do Porto e pelo Coro da Lapa com os momentos altos a ir, como seria de esperar, para a Dies Irae e para a Lacrymosa.

Quero salientar também a ovação final que foi... bem, foi longa!!! O maestro e os 4 cantores principais sairam e entraram do palco umas 4 vezes... não sei se isso se trata de alguma formalidade ou protocolo neste tipo de concertos... mas, na minha ignorância parecia simplesmente que eles voltavam porque os aplausos não cessavam e eles tavam a gostar (os sorrisos não enganavam ninguém).

Espero repetir a experiência em breve.

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Agora passando à actual expectativa, 300 a adaptação da banda desenhada de Frank Miller que conta os acontecimentos históricos da batalha histórica de Thermopylae onde se defrontou o enorme exército Persa (sob o comando do Rei Xerxes) com uns "míseros" 300 Espartanos (sob a liderança de Leonidas).

A banda desenhada está genial, a arte original de Frank Miller associada a uma história que nos deixa boqueabertos com imagens poderosas faz de 300 qualquer coisa de excepcional. A maneira de ser irreverente dos Espartanos a desafiar tudo e todos para defender a sua terra, sem medo de absolutamente nada, as batalhas usando estratégias bem pensadas, as frases poderosas com que eles se animam mesmo nos momentos mais negros, tudo isso está genial nesta BD.

O filme promete ser uma adaptação fiel (vejam-se as scans da BD e as stills do filme). Desde que vi o 2º trailer que fiquei absolutamento colado e expectante pelo lançamento do filme. Agora que já estreou espero que tanta expectativa não faça do filme uma desilusão.

Vamos lá ver...

13bly

Monday, April 2, 2007

Requiem

O Requiem foi a última composição de Mozart e uma das suas mais poderosas e conhecidas obras. Esta obra ainda hoje causa alguma polémica pois não se sabe ao certo quanto dela foi composto na realidade por Mozart e quanto foi terminado pelo seu pupilo Franz Xaver Süssmayr após a sua morte.

Bem eu não percebo muito de música clássica em geral e em particular de Requiems (que para quem não sabe são músicas fúnebres) a verdade é que inclusivamente desconheço esta peça no seu todo. Este Requiem obedece a uma estrutura e pode ser dividido em várias partes eu apenas conheço aquela que será a parte mais conhecida Dies Irae (que traduz para "Dias de Fúria" ou algo do género). Tal como o próprio nome ilustra é esta parte é verdadeiramente poderosa sendo que os seus momentos altos chegam a causar arrepios.

Dies Irae
é a parte mais frequentemente utilizada na cultura popular, seja no cinema, seja em séries, albuns, jogos, anime, publicidade etc.

Assim de repente vem-me à cabeça a brilhante sequência de abertura do filme X2: X-Men United onde o Nightcrawler se infiltra na Casa Branca e, após ter sido detectado, se teleporta de um lado para o outro a esgueirar-se dos seguranças ao som de Dies Irae. Tiros por todo o lado, efeitos visuais geniais e uma banda sonora a acompanhar a acção excelentemente! Uma cena memorável!
Dies Irae faz parte também da banda sonora do anime de culto Neon Genesis Evangelion, anime que aliás faz uso de uma excelente banda sonora (muito à base de várias composições clássicas) de forma sublime.

Recentemente também, os Evanescence no seu mais recente album incluiram uma música entitulada "Lacrymosa" (o nome de outra das partes do Requiem) que anda à volta da composição de violinos de Mozart. Outra música deles "Anything but you" usa também os coros de Lacrymosa.

Na próxima quarta feira vou ter o prazer de assistir a um concerto deste Requiem. Vai ser uma experiência nova para mim, nunca assisti a um concerto de música clássica. Vamos ver o que sai dali! Confesso que as expectativas são altas!

13bly