Monday, January 31, 2011

epipháneia iv

epifania
(grego epipháneia, -as, aparição, manifestação)
s. f.
1. Relig. Manifestação de Jesus aos gentios, nomeadamente aos Reis Magos.
2. Relig. Festa religiosa cristã que celebra essa manifestação. = dia de Reis
3. Qualquer representação artística dessa manifestação.
4. Relig. Aparecimento ou manifestação divina.
5. Apreensão, geralmente inesperada, do significado de algo.


Quando o dia ou, neste caso, a semana começa ao som de Beck sabemos logo que a coisa promete. Entrar no carro numa segunda feira com o sol a brilhar num céu azul e, ao ligar o rádio, ouvir os primeiros tons do delicioso baixo de Think I'm in Love foi quase uma terapia. É sem dúvida uma das melhores formas de começar uma semana de trabalho.
13bly

Sunday, January 30, 2011

mixtape especialíssima


Hoje a mixtape não é especial - é especialíssima. A different kind of slow tem o alto patrocínio do meu grande amigo Luís Bateira (LoTus Sounds) visto que foi ele que a misturou ao vivo. A versão física (incluindo embalagem com grafismo todo catita) desta mixtape foi-me oferecida como presente de Natal (mais uma vez o meu obrigado) mas por uma série de motivos só foi entregue há coisa de uma semana. Agora, e porque achei que a coisa está realmente muito boa, disponibilizo aqui (com a devida autorização) para quem quiser ouvir.

É favor de desfrutar (com ou sem moderação - é à escolha).


Needle Scratch .1
Radio Police .2
Radio Static .3
M83 - Facing That .4
Isan - My Last Journey .5
Ratatat - Cherry .6
Four Tet - She Just Likes to Fight .7
8. Of Pourcelain - You Are the Sun
9. Squarepusher - Tommib
10. Penguin Cafe Orchestra - Harmonic Necklace
11. Kashiwa Daisuke - Rabbit's Quartet
12. Ryuichi Sakamoto - Merry Christmas Mr. Lawrence
13. The Herbalizer - Outro
14. Penguin Cafe Orchestra - Steady State

13bly

Thursday, January 27, 2011

"The electric things have their life too. Paltry as those lives are."

- Rick Deckard in Do Androids Dream of Electric Sheep? (1968)

Um filme não substitui um livro e um livro não substitui um filme - são meios diferentes com linguagens distintas. Ainda assim, na maior parte dos casos, não consigo deixar de comparar os dois.
A adaptação é quase sempre feita no sentido de livro para filme e importa referir que nem sempre é fácil adaptar histórias ao grande ecrã dada a curta duração de um filme (quando comparado com o tempo investido num livro). Só por estes motivos já compreendo que tenham de ser feitas cedências o problema é quando essas cedências são infelizes e acabam por não fazer justiça à obra que lhe deu origem.

Embora esta seja talvez a situação mais frequente, há casos em que o filme se mantém fiel à obra original assumindo algumas cedências aceitáveis para melhor encaixar a história neste seu novo formato. Falo, por exemplo, de filmes como a trilogia d'O Senhor dos Anéis ou a Parte I da saga d'O Padrinho. Mais raros ainda são os casos em que, dando-lhe um toque pessoal, o filme transcende a obra original (não necessariamente para melhor ou para pior, mas sim para 'diferente'). Kubrick era exímio nesta matéria e tanto A Clockwork Orange como The Shinning são brilhantes exemplos disso.

VS.
Acabei há dias de ler Do Androids Dream of Electric Sheep? - a obra de Philip K. Dick que deu origem a Blade Runner, o famoso clássico do cinema de ficção científica assinado por Ridley Scott. Blade Runner foi o primeiro de muitos filmes de ficção científica baseados no extenso legado de Philip K. Dick (Total Recall, A Scanner Darkly, Minority Report e Next são alguns dos filmes que se seguiram mas importa recordar que o autor faleceu cerca de 4 meses antes da estreia de Blade Runner não tendo chegado a ver nenhum deles).

No caso concreto de Blade Runner a palavra 'baseado' utilizada em cima é mesmo a palavra certa. Afinal, apercebo-me ao ler o livro, para além de alguns conceitos base (os andróides e o caçador de prémios), o filme pouco tem em comum com a obra que lhe deu origem. Não se trata portanto de uma adaptação em si mas sim de uma história totalmente distinta na qual não entram uma série de elementos da obra original (a esposa de Rick Deckard, a presença/ausência e importância dos animais, as caixas de empatia, a adoração a Mercer, o programa de TV e rádio do Amigável Buster etc.). Outra das diferenças entre as duas obras (esta talvez ainda mais gritante se esquecermos o 'pequeníssimo pormenor' de a história apenas ser tangencialmente comparável) é a existência (no romance) de uma segunda linha de narração a decorrer em paralelo com a de Deckard. Essa história 'secundária' é centrada em J.R. Isidore um solitário miserável com um QI bem abaixo da média - este segundo protagonista e a sua história são totalmente omitidos no filme.

A verdade é que o filme e o livro são obras tão distintas que nem parece justo estar a estabelecer este tipo de comparações ou a enumerar as suas diferenças. Do Androids Dream of Electric Sheep? é um romance com conceitos bastante interessantes tanto a nível tecnológico como da emoção humana e do que distingue afinal o Homem da Máquina mas, apesar disso, não pude deixar de me sentir desiludido ao lê-lo. Talvez o filme me tenha elevado demasiado as expectativas, não digo que não mas quase apetece dizer que, neste caso, o filme foi melhor que o livro. Na verdade só não vou tão longe porque a comparação é neste caso mesmo descabida mas uma coisa digo sem medos: se esta minha leitura serviu para alguma coisa foi para aumentar a minha admiração e fascínio por Blade Runner e não pela obra de Philip K. Dick.

13bly

Sunday, January 23, 2011

Saturday, January 22, 2011

One-man band & Cia. - The Legendary Tigerman @ Coliseu do Porto (21/01/11)


Os concertos de Paulo Furtado têm sempre o seu quê de imprevisível esteja ele a partilhar o palco com os companheiros dos Wraygunn ou perfeitamente sozinho como Legendary Tigerman. A noite de ontem fundiu um pouco estes dois concertos e quem subiu ao palco foi o Legendary Tigerma, sim senhor, mas num formato one-man band algo dissimulado no meio de tantos e tão bons convidados.

O reconhecimento mediático atingido com Femina (o seu último trabalho) permitiu a Paulo Furtado preparar este concerto especialíssimo. Agarrando esta oportunidade com força o Homem Tigre fez o que sabe fazer melhor e, muito bem acompanhado, praticamente esgotou os dois Coliseus conquistando o público do Porto (em Lisboa o concerto é mais logo) com um espectáculo único.
Depois de um curto prelúdio a cargo da simpática mas tímida Rita Braga chega a hora do prato principal da noite. Paulo Furtado sobe sozinho para o palco munido apenas de uma guitarra e agradece a todos por 'fazerem um homem muito feliz'. Inicía então ao concerto com My Stomach is the Most Violent of All Italy num dueto virtual (em vídeo) com a (muito) sensual e (muito) provocante Asia Argento (uma das suas principais cúmplices em Femina). Daí para a frente o concerto nunca se repetiu e foi um desfilar de convidados alternados com algumas músicas a solo.

Para além das já referidas vozes de Paulo Furtado e (em gravação) de Asia Argento, ouviu-se ao longo do concerto a poderosa voz de Lisa Kekaula (dos The BellRays), a sussurrada e sedutora voz de Clauda Efe (dos Micro Audio Waves) e ainda a doçura de Rita Redshoes. Mas o rol de convidados não fica por aqui. Nesta noite especial pisaram ainda o palco do Coliseu os Dead Combo (Tó Trips e Pedro Gonçalves), Jim Diamond (que produziu dois álbuns dos The White Stripes) e Mick Collins (membro fundador dos Gories, uma influência assumida de Paulo Furtado), João Doce (percussionista dos Wraygunn) e também os DJs de hip-hop Ride e Nel'Assassin. Para o encore, Paulo Furtado guardou mais uma surpresa e chamou para o palco Sérgio Correia, Pedro Pinto, Francisco Correia, Selma Uamusse, Raquel Ralha e novamente João Doce (ou seja, toda a formação dos Wraygunn). Juntos interpretaram She's a Go Go Dancer e uma música nova que constará do seu próximo disco. Diga-se de passagem que estão em forma e recomendam-se.


A retrospectiva da carreira de Legendary Tigerman aconteceu mesmo como anunciado - de Naked Blues (2002) a Femina (2009) (se bem que, assim de repente, penso que não houve lá nada de Fuck Christmas, I've Got the Blues). E o mais interessante de tudo é que grande parte das músicas receberam um tratamento especial para celebrar esta noite especial dando origem a um espectáculo verdadeiramente único.

Quantas mais vezes vou poder ver, no mesmo palco Legendary Tigerman com os Dead Combo e Rita Redshoes a interpretar Lonesome Town (original de Baker Knight)? E quantas vezes terei a oportunidade de ouvir a Jockey Full of Bourbon (de Tom Waits) cantada por Lisa Kekaula e acompanhada por Rita Redshoes na bateria? Ou Honey You're Too Much cantada a meias pelo Homem Tigre e pela Claudia Efe, ou o próprio Legendary Tigerman a acompanhar os Dead Combo em Lusitânia Playboys? E aquela versão alongada de Say Hey Hey com João Doce na bateria e os DJs Nel'Assassin e Ride a rasgar no scratch e nas samples Provavelmente são coisas que provavelmente não se irão repetir (tirando talvez no concerto de logo em Lisboa).

A primeira parte do concerto, depois de muitas emoções, terminou em apoteose (com os já referidos Ride, Nel'Assassin e João Doce a acompanhar o protagonista da noite) e o primeiro encore foi a habitual festa dos Wraygunn. Apesar destes dois momentos indiscutivelmente altos, foi num clima intimista que Paulo Furtado optou por encerrar definitivamente o espectáculo. Chegou então ao fim o concerto com The Legendary Tigerman novamente sozinho em palco a interpretar uma música que diz ser uma das suas favoritas - a arrepiante True Love Will Find You in the End de Daniel Johnston (que por coincidência, ou talvez não, é também a faixa de encerramento de Femina).

O espectáculo de ontem foi quase o que o próprio nome do artista indica - lendário. Estas duas noites ficarão com certeza para a história que nem o próprio Paulo Furtado nem quem assistiu aos concertos irá esquecer tão cedo.

13bly

Wednesday, January 19, 2011

Un'offerta che non può rifiutare.

Una maratona di (quasi) dieci ore.

Como cinéfilo deixo muito a desejar. A minha caderneta cinematográfica tem lacunas enormes que são difíceis de compreender em alguém que, como eu gosta de cinema. Uma dessas falhas graves era mítica saga da família Corleone - O Padrinho. Reparem que, na frase anterior o tempo verbal empregue foi o Pretérito Imperfeito do Indicativo.
O generoso Pai Natal (curiosamente a mando do meu padrinho) trouxe-me 'O Restauro de Coppola' desta trilogia clássica e, aproveitando bem o meu Domingo, fiz uma verdadeira maratona e 'arrumei' com os três filmes de assentada.
Já tinha lido o romance de Mario Puzo e talvez por isso tenha adiado o filme durante tanto tempo, mas este é um daqueles casos em que um não substitui o outro. Muito graças à realização impecável de Coppola, a desempenhos brilhantes (com os destaques óbvios para Marlon Brando e Al Pacino), uma boa caracterização de época e uma banda sonora fantástica o filme torna-se uma experiência própria. Com todos estes factores conjugados, nem conhecendo a história de antemão esta perde impacto.

A Parte I (claramente a melhor) segue mais de perto a história principal do romance numa adaptação brilhante para o ecrã. A Parte II (simultanemanete sequela e prequela) não faz grande desmérito ao primeiro filme. Mistura elementos do romance que não foram explorados na Parte I com elementos novos (sempre com ajuda de Mario Puzo no argumento). Neste caso ficou o pior para o fim. A Parte III é claramente o elo mais fraco da trilogia. Coppola diz que o terceiro filme não era para ter sido 'o terceiro filme' (teve até para se chamar "The Death of Michael Corleone" em vez de "The Godfather Part III") e funcionar apenas como uma espécie de epílogo aos dois primeiros. Se é verdade ou não, já não posso dizer mas que a diferença para com os outros dois é abismal, lá isso é.

Talvez seja um bocado violento ver os três filmes de rajada mas foi uma experiência da qual não me arrependo. A saga d'O Padrinho é indiscutivelmente um dos maiores clássicos da sétima arte e agora já posso risca-lo da minha lista de 'filmes a ver' e, orgulhosamente 'arquiva-lo' na minha melhor estante.

13bly

Sunday, January 16, 2011

Saturday, January 15, 2011

"Um 13bly com gás se faz favor!"


A gasosa convidou-me e eu aceitei com muito gosto. O primeiro 'gasosa convida' do ano já está no ar e é da minha autoria. Cliquem na imagem e confiram.


Obrigado António! Tanto pelo convite como pelas saborosas gasosas que me dás de beber todos os dias.


13bly

Monday, January 10, 2011

Sexo, drogas e neons (pela ordem que quiserem)


AVISO: O visionamento de Enter the Void é altamente desaconselhável a epilépticos.

Volta e meia aparece um filme visionário e diferente de tudo o que já foi feito. Enter the Void é um desses filmes. Durante quase duas horas e meia Gaspar Noé leva-nos por uma viagem única, simultaneamente espiritual e psicadélica. A louca cidade de Tóquio, de tão carregada de neons, revela-se o ambiente perfeito para melhor fazer sobressair a estética tão própria deste filme (alegadamente inspirada por algumas experiências com substâncias psicotrópicas que Gaspar Noé terá tido na sua juventude).




(clicar para ver maior)

Gaspar Noé não é pessoa para narrativas lineares. Em Irréversible optou por contar a história de trás para a frente - aumentando assim a sensação de inevitabilidade - e agora, com Enter the Void fragmenta a narrativa e mistura a linha temporal passando com facilidade do presente para o passado ou para algum sonho ou alucinação.
Também este filme, como Irréversible (embora talvez não de uma forma tão memorável) contém imagens chocantes e explícitas. Estas parecem ser já uma imagem de marca de Noé que gosta de expor situações incómodas para o espectador com grande crueza (apesar do visual elaborado no caso de Enter the Void).

Uma outra característica de Noé é fazer uso do próprio movimento da câmara como forma de melhor transmitir as emoções da narrativa. Até um certo grau todos os realizadores fazem isto mas a forma de Noé fazê-lo é mais explícita. Pegando novamente nos mesmos dois exemplos, nos primeiros (cerca de) 15 minutos de Irréversible há uma grande tensão nervosa e sensação de urgência no ar. A câmara é então extremamente irrequieta, também ela nervosa, chegando a causar dores de cabeça e a provocar algumas desistências em quem vê o filme (eu próprio pensei em desistir). Com a progressão do filme (e regressão da história), as coisas vão acalmando então a câmara 'normaliza'.

Em Enter the Void esse artifício é ainda mais evidente porque, até determinado momento, o filme passa-se na primeira pessoa, ou seja, vemos o que o personagem principal - Oscar - vê. Ele pestaneja e o ecrã fica preto por um instante, tem comichão na testa e a mão passa à frente dos olhos, toma drogas e a sua percepção altera-se. Com a morte de Oscar (isto não é grande spoiler porque acontece logo no início e até se vê no trailer), a câmara liberta-se e assume o papel da sua alma tornando-se assim omnipresente e capaz de sobrevoar a cidade, atravessar paredes para ir de encontro ao restantes personagens e revisitar eventos do seu passado.


Com Enter the Void Gaspar Noe criou uma obra carregada de simbolismo e subjectividade - introduz os conceitos de morte, alma e ressurreição com base no Livro Tibetano dos Mortos, mas estes conceitos podem ser vistos por outro prisma e a interpretação de grande parte do filme fica, de certa forma aberta à visão e à crença de cada um. O próprio conceito de 'void' (vazio) tem várias interpretações possíveis no filme, algumas bem concretas e outras mais esotéricas.

Devo dizer no entanto que, apesar de ter gostado muito do filme e da experiência que este proporciona, achei a sua duração um pouco excessiva, apesar de compreender que fazem parte da estética do filme, parece-me que o uso das cenas de transição (aquelas em que a câmara sobrevoa a cidade) foi também exagerado. Em contraste com isto é de louvar o uso repetido de uma versão assombrosamente bela de Canon de Pachebell (que se ouve nos primeiros segundos do trailer).

Enter the Void é uma obra singular com um visual único. Como se lê no trailer, Gaspar Noé mostra-nos algo que nós nunca vimos e nem todos os cineastas se podem gabar de o ter feito.

13bly

Sunday, January 9, 2011

Thursday, January 6, 2011

Ode a Lisboa



Se uma imagem vale mais do que mil palavras este vídeo vale mais do que 500 discursos de Fidel Castro a tecer louvores à cidade das sete colinas. Este é - e digo-o com convicção - um dos melhores vídeos que já vi (a música ajuda, mas o vídeo é absolutamente brilhante). Arrepio-me ao vê-lo e quase dá vontade de acabar de vez com as brincadeiras nortenhas anti-Lisboa e deixar-me simplesmente seduzir pelos encantos desta bonita cidade.

Ai Lisboa, Lisboa...

13bly

Wednesday, January 5, 2011

"Mea Culpa" ou "Cabeça de Alho Chocho"


OK, admito... este ano* desleixei-me mesmo no que ao cinema diz respeito (pelo menos em termos de novos lançamentos). O pior é que, apercebo-me agora, o meu 'post balanço do ano de cinema' está muito despido e 'sinto-me mal' por isso.
Ao ver algumas listas de 'melhores do ano' fui-me lembrando de filmes que, ora por distracção, ora por já lá ir algum tempo, tinham ficado esquecidos. Para além disso, não posso deixar de dizer que, nesse post, sinto que talvez tenha sido um demasiado duro com alguns filmes - falo de Shutter Island e Toy Story 3.

Vamos por pontos senão não me oriento.

  • Ainda agora me pergunto como me posso ter esquecido de falar em The Illusionist, a nova animação de Sylvain Chomet com argumento de Jacques Tati. É 'só' dos filmes pelos quais estou mais ansioso - é obra ter-me esquecido! [trailer]
  • E depois, como não falar no visualmente espantoso Enter the Void de Gaspard Noé? Principalmente depois de ter gostado tanto de Irréversible... Enfim, não há mesmo desculpa! [trailer]
  • Ou, apesar das críticas pouco positivas, como é que não falei em Monsters - a pequena maravilha independente (orçamento: cerca de 15.000 dólares) que aparenta ser uma espécie de cruzamento entre Distrito 9 e Cloverfield pela qual esperei ansioso mas que ainda não vi? [trailer]

  • Outra falha grave foi esquecer-me de mencionar a brilhante estreia de Banksy na cadeira de realizador. Para mim, Exit Through the Gift Shop foi 'só' um dos filmes mais esperados do ano e, ao contrário de outros, não desiludiu.
  • Fiquei na dúvida se deveria ter falado em Un Prophéte, A Single Man e Das Weisse Band, respectivamente de Jacques Audiard, Tom Ford e Michael Haneke. Pensava que seriam filmes de 2009 mas vi-os nalgumas listas de 2010. De qualquer das formas, independentemente do seu ano apenas vi o primeiro (e é altamente aconselhável) estando os outros dois em destaque na minha lista.
  • Haverá com certeza muitas mais obras que valem a pena referir mas, por agora, já me sinto mais em paz com a minha consciência e portanto fico-me por aqui.

13bly

P.S. - Só para que fique registado, no 'post balanço do ano de TV', também me esqueci de falar em toda a polémica Conan O'brien / NBC, mas essa é uma falha que não me pesa tanto na consciência.

* ainda não me habituei a dizer 'no ano passado'

Sunday, January 2, 2011

epipháneia iii

epifania
(grego epipháneia, -as, aparição, manifestação)
s. f.

1. Relig. Manifestação de Jesus aos gentios, nomeadamente aos Reis Magos.
2. Relig. Festa religiosa cristã que celebra essa manifestação. = dia de Reis
3. Qualquer representação artística dessa manifestação.
4. Relig. Aparecimento ou manifestação divina.

5. Apreensão, geralmente inesperada, do significado de algo.



No primeiro Domingo de 2011, muito graças às festividades e tal não vai haver mixtape. Como compensação há a a primeira epifania do ano (que ocorreu ainda no ano anterior). Ahh! Foi uma epifania dupla.

Era hora de almoço e eu ia descansadinho da vida a conduzir em direcção ao restaurante quando a rádio me surpreendeu - comecei a ouvir a belíssima Sunday Morning dos Velvet Underground. Fiquei nas nuvens! Durante aqueles minutos o mundo pareceu perfeito, mas a coisa não ficou por aí. Mal a música acabou, e sem dar tempo para 'sair do transe', qual não é o meu espanto quando a música que se seguiu foi A Sunday Smile dos Beirut. Foi um momento raro e quase mágico antes daquele almoço que por sinal também me soube muitíssimo bem.
Obrigado RUM!



13bly