Friday, November 27, 2009

mixtape número dois

Mais oito faixas que têm rodado no meu mp3.


13bly

Tuesday, November 24, 2009

O que são Kampsinas?

Hoje, no bar da faculdade, reparei numa embalagem de Cheetos.
Para quem viva noutro planeta Cheetos são uma espécie de salgadinhos.
A embalagem dizia:

"CHEETOS DANCE"
E destacava com algum orgulho:
"sabor Kampsinas"
(só encontrei esta imagem)

Nessa altura questionei-me: "O que são Kampsinas?"

Perguntei a um amigo. Mas ele não me soube responder.
Perguntei à Internet... Mas nem esta me deu resposta.
Fiquei preocupado!

Já dizia o Chester Cheetah:
"Estes Cheetos põe-me louco! E não é pouco!"




O que são afinal
Kampsinas?
13bly

Sunday, November 22, 2009

I'll see you on the dark side of the moon*

Moon é o mais recente thriller psicológico de ficção científica a estrear nas salas portuguesas. É também a estreia de realizador de Duncan Jones, filho do mais-que-famoso David Bowie.

Sam Rockwell é Sam Bell, que não só é o personagem principal como é também o único personagem do filme, dividindo as cenas apenas consigo próprio e com a inteligência artificial residente da base lunar, GERTY (voz de Kevin Spacey).Confesso que não tinha gostado de ver Sam Rockwell na adaptação cinematográfica de Choke (romance de Chuck Palahniuk) mas vejo-me na obrigação de dar o braço a torcer e dizer que, em Moon, a sua prestação foi no mínimo muito boa.
Sam Bell tem contrato com a Lunar Industries para estar três anos a gerir uma base lunar de recolha de hélio-3, uma fonte de energia limpa que entretanto se tornou essencial à Terra. Uma vez que o satélite que assegura as comunicações está avariado a sua única forma de contacto com a Terra é através de mensagens directas e nunca de transmissões 'ao vivo'. Assim, durante a sua estadia na Lua, Sam apenas interagiu com GERTY e a sua solidão e isolamento são temas centrais no filme. Os três anos do seu contrato estão prestes a chegar a um termo e com eles o seu regresso à Terra e à sua família são eminentes.... mas nem tudo vai correr tão bem como Sam esperava.
São notáveis as reminiscências a filmes como o grande clássico de Kubrick, 2001: Odisseia no Espaço, o Solaris de Steven Soderbergh ou ainda, a uma escala mais equiparável à de Moon, o drama de ficção científica de Danny Boyle, Sunshine. Penso aliás que não devo estar a cometer grande erro ao afirmar que Moon funciona como uma espécie de tributo, não só a estes filmes, mas a todo o género este género cinematográfico de ficção científica com uma grande dimensão humana.

Moon dificilmente pode ser chamado um filme que revolucionário do género, mas não é por isso que deixa de ser excelente. Não hesitaria em classifica-lo como um dos melhores filmes de ficção científica dos últimos anos, talvez até década.
Uma estreia de grande nível esta de Duncan Jones. Esperam-se mais coisas boas deste rapaz.

13bly

*Título: música Brain Damage do mítico álbum 'Dark Side of the Moon' dos Pink Floyd que por sinal até se enquadra bastante bem no filme.

Saturday, November 21, 2009

6º "Os fins justificam os meios"

fins
s.m.pl.
Escopo, desígnio, alvo.

meios
s.m.pl.
Bens, fortuna, recursos, haveres.
Arte com meios não tradicionais.

#6 PAPEL
(parte 2)






Ingrid Siliakus





Outros meios:
#1 JORNAL | #2 LIVROS | #3 SOMBRAS | #4 LUZ | #5 PAPEL (pt.1) | #6 PAPEL (pt.2)

13bly

Friday, November 20, 2009

mixtape número um

Oito faixas que têm rodado no meu mp3.



13bly

Thursday, November 19, 2009

Velhos brinquedos novos!

Yashica Electro 35

Kodak Retinette IB

  • Proximo passo: descobrir se funcionam
13bly

Sunday, November 15, 2009

Amizade por correspondência

Quase 6 meses depois deste post vi finalmente Mary and Max. O trailer tinha-me seduzido e a esperava boas coisas do filme. Ainda assim este conseguiu não desiludir e, bem pelo contrário superou as minhas expectativas.

O que poderá uma menina australiana de 8 anos ter em comum com um americano obeso de 44 anos? À primeira vista nada. A cinzenta Nova Iorque de Max contrasta com o castanho mundo de Mary, mas é nas diferenças que está a fundação da amizade entre os dois e basta uma pequena troca de correspondência para percebermos que, afinal, existem ali algumas semelhanças. Ambos se sentem desenquadrados do seu mundo e os seus únicos amigos são, no caso de Mary, um galo a quem deu o nome de Ethel e no caso de Max um homem imaginário a quem chamou de Mr. Ravioli. A amizade entre os dois floresce bem regada pelo gosto comum por chocolate e desenhos animados.

A primeira meia hora de filme (mais coisa menos coisa) é tudo aquilo que esperava do filme. Uma comédia absolutamente deliciosa. As perguntas inocentes e infantis de Mary levam a respostas não hilariantes e não menos infantis de Max.
Daí para a frente o filme segue numa direcção algo inesperada por mim e assume uma identidade consideravelmente mais séria (sem nunca deixar de lado aquele tom infantil). Mary cresce vai para a universidade e casa, Max envelhece, é internado e ganha a lotaria mas, apesar de alguns percalços, a amizade entre os dois vai resistindo ao tempo e à distância.

Mary and Max é um interessante ensaio sobre a o ser humano e a sociedade na perspectiva de duas pessoas que estão um pouco à margem da mesma. Poluição, alcoolismo, obesidade, tabagismo, doenças e morte são tudo problemas reais que são abordados no filme, mas mais do que apontar os problemas, o filme mostra a solução e essa sim é a grande mensagem que se pretende passar: uma amizade improvável que vence todas as barreiras e distâncias.

Por ser baseado em factos verídicos, este pequeno e inocente filme consegue restaurar um pouco da minha fé na humanidade. Não digo que Mary and Max seja um filme imperdível, mas digo que não é de forma alguma tempo perdido.

13bly

Saturday, November 14, 2009

"Eles voltaram" ou "Manipular as massas (sem ser de esparguete e assim)"


Tivesse sido ontem (Sexta-Feira 13) e teria dito algo do género

"Que azar!!"

Mas sendo hoje Sábado 14 tenho a piada estragada.

13bly

P.S. - Adoro jogadas de marketing manipulativas.

Friday, November 13, 2009

Parasquavedequatriafobia*


Será que os casinos ganham mais às sextas-feiras 13?

13bly

* é o medo patológico da sexta-feira 13.

Thursday, November 12, 2009

Novembro


«I'll just end up walkin' in the cold November rain.»

13bly

Tuesday, November 10, 2009

«Há viagens sem regresso nem repetição.»

"Hoje já ninguém vai ao nosso deserto, Cláudia. Os fundamentalistas islâmicos, como os de Laghouat tornaram-se sanguinários e incontroláveis e os próprios tuaregues revoltaram-se contra o poder de Argel.

Mas a principal razão nem é essa. A razão principal é que já não há muita gente que tenha tempo a perder com o deserto. Não sabem para que serve e, quando me perguntam o que há lá e eu respondo "nada", eles riscam mentalmente essa viagem dos seus projectos. Viajam antes em massa para onde toda a gente vai e todos se encontram. As coisas mudaram muito, Cláudia! Todos têm terror do silêncio e da solidão e vivem a bombardear-se de telefonemas, mensagens escritas, mails e contactos no Facebook e nas redes sociais da Net, onde se oferecem como amigos a quem nunca viram na vida. Em vez do silêncio, falam sem cessar; em vez de se encontrarem, contactam-se, para não perder tempo; em vez de se descobrirem, expõe-se logo por inteiro: fotografias deles e dos filhos, das férias na neve e das festas de amigos em casa, a biografia das suas vidas, com amores antigos e actuais. E todos são bonitos, jovens, divertidos, "leves", disponíveis, sensíveis e interessantes. E por isso é quem vivem esta estranha vida: porque, muito embora julguem poder ter o mundo aos pés, não aguentam nem um dia de solidão. Eis porque já não há ninguém para atravessar o deserto. Ninguém capaz de enfrentar toda aquela solidão."

Miguel Sousa Tavares in 'No teu deserto'

13bly

Monday, November 9, 2009

Se Deus tivesse um mp3... [11]

... de certeza que esta música estaria lá!


I'm living in an age
That calls darkness light
Though my language is dead
Still the shapes fill my head
I'm living in an age
Whose name I don't know
Though the fear keeps me moving
Still my heart beats so slow

I'm living in an age
Who screams my name at night
But when I get to the doorway
There's no one in sight
I'm living in an age
Realizing I'm dancing
With the one I love
But my mind holds the key

Arcade Fire - My Body is a Cage
13bly

Thursday, November 5, 2009

O 'Negócio' está melhor!

NEGÓCIO DO DIABO
(agora com melhor qualidade)

Vencedor do 'Prémio do Público'
Festival FastForward'09

13bly

Wednesday, November 4, 2009

Declaro-me dependente!

Passava pouco da hora marcada quando, na passada noite de segunda-feira, Erlend Øye sobe ao palco do Theatro Circo numa pose triunfal, montado num carrinho de equipamento e empurrado por aquele que, veríamos mais tarde, seria o violinista que acompanha a banda.
Não se preparava já para actuar, ainda não. Saudou a sala e em duas linhas de simpática conversa apresentou Javiera Mena, a cantora chilena que está a acompanhar os Kings of Convenience na tour pela Península Ibérica, da qual, como Erlend fez questão de relembrar, Portugal faz parte. O seu bom humor e simpatia viriam a ser constantes ao longo da noite.

Apesar de gostar da atitude dos Kings of Convenience ao convidar Javiera Mena e dessa ajudar a divulgação da sua música, não acho que a menina tenha sido uma escolha acertada. Não que ela não se tenha portado bem. Nem se portou nem bem, nem mal, e a falha foi precisamente essa. Foi uma actuação insossa que caiu em indiferença. Serviu apenas para atrasar um pouco a subida ao palco da atracção principal e a essa sim, ninguém iria ficar indiferente.

O espectáculo viria a ser dividido em duas partes. A primeira, mais intimista, na qual Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe tomam, sozinhos, conta do palco tocando músicas mais introspectivas (mas nem por isso isentas de momentos divertidos e bem dispostos) e a segunda parte, claramente mais festiva, com a ajuda de um violinista alemão e um contra-baixista italiano.
O concerto começou suavemente com a dupla a cantar em simultâneo "My Ship isn't Pretty" e "24-25", sendo quase impossível não recordar Simon and Garfunkel. Seguidamente sentiu-se um cheirinho da festa que estava reservada para o final do concerto fazendo-se ouvir "Me in You" e "Love is No Big Truth" no Theatro Circo.

As músicas vão sendo intercaladas com momentos de genuíno bom humor e interacção com o público que era constantemente galardoado com piadas, histórias e perguntas. Também os artistas eram esporadicamente alvo de algumas palavrinhas ou provocações (no bom sentido) por parte do público e fizeram sempre questão de responder à letra.
Erlend era o rei da paródia e punha o público à vontade incentivando-o a participar ao passo que o sorriso de Eirik nunca, em todo o concerto, abandonou o seu rosto.

A melancolia atingiu o seu máximo com "Homesick" a brilhante música de abertura do segundo álbum da banda e foi logo seguida de "Know How" (do mesmo álbum) que teve a participação (ainda) algo tímida do público.
Sensivelmente metade concerto estava passado e era hora de dar entrada aos músicos de apoio. Agora acompanhados por um violinista e contra-baixista os Kings of Convenience pareciam ainda mais descontraídos e o concerto ficou mais animado.

Os ânimos foram-se exaltando e os aplausos eram cada vez mais exuberantes sendo que sob o pretexto de "Mrs. Cold", o primeiro single do seu último trabalho, Erlend convida o público a levantar-se e a chegar-se mais perto do palco. Não foi preciso dizer duas vezes. Com sorrisos de satisfação no rosto o público acatou a sua sugestão e rapidamente se concentrava em frente do palco havendo até quem se sentasse neste.

Daí para a frente a festa estava lançada. "Mrs. Cold", "Rule My World", "Misread" e "Boat Behind" falam por si e todos dançavam descontraidamente com um sorriso genuíno face à boa disposição transmitida por estas músicas. Nesta altura já o público estava totalmente rendido e o resultado disso eram os refrões cantados em uníssono sem qualquer timidez.
Acabou o concerto mas os aplausos não cessaram. Não terá sido surpresa para ninguém quando Eirik volta a subir ao palco para o encore, afinal faltava ainda tocar a "I'd Rather Dance With You". Terá sido surpresa, no entanto, para muitos, quando Eirik anuncia que a próxima música será "Corcovado" e que a iria cantar em português.
Sozinho no palco Eirik interpreta o belíssimo tema de Jobim num português admirável que deixou muito boa gente de boca aberta e a sorrir ao mesmo tempo. Lá para o meio da música entra Erlend, novamente empurrado no carrinho do equipamento, acompanhando a guitarra de Eirik com as suas habilidades de trompete vocal e fazendo toda a gente rir mais uma vez.

Para terminar em chave de outro, estava guardada a ansiada "I'd Rather Dance With You" que seria acompanhada pela hilariante dança de Erlend (que pode ser vista no videoclip). Foi a festa total. Dificilmente poderia um concerto, seja ele qual for, acabar da melhor forma.
Findo o espectáculo é difícil destacar um momento alto pois, apesar de o concerto ter sido um crescendo constante, não consigo apontar-lhe um único momento baixo (ou sequer menos alto).
Os Kings of Convenience e os seus dois músicos acompanhantes despedem-se do público sobre uma chuva torrencial de aplausos e Erlend acrescenta que daqui a meia hora estará 'lá fora' para socializar um pouco com os fãs.

Foram muitos os que esperaram e foram também imensas a paciência e, mais uma vez, simpatia de Erlend. Parecem mesmo inesgotáveis pois ele não se limitava a dar autógrafos. Enquanto o fazia falava com as pessoas, perguntava se tinham gostado do concerto ou de onde vinham, contava histórias, ria-se e fazia rir. É uma personalidade verdadeiramente notável e passei a admira-lo por mais do que apenas a música que faz.

Foi um concerto memorável este que teve lugar em Braga, cidade que, disse-o Erlend, lhe fazia lembrar Bergen, a sua terra natal na Noruega. Os Kings of Convenience deixam o público presente no Theatro Circo a querer mais e mais fazendo assim jus ao nome do seu último álbum (Declaration of Dependence).
Voltem sempre!
Fotografias: Cristina Pinto (retiradas da Blitz)

13bly