Saturday, January 30, 2010

Série Ípsilon II - Control

aqui referi a excelente selecção de DVDs que constitui a segunda série de DVDs do Público/Ípsilon. Uma vez que, de toda a colecção apenas havia visto o Juno, decidi tentar acompanhar os lançamentos e fazer uma pequena crítica semanal a cada um dos filmes.

Passando à frente Juno, cuja crítica pode ser encontrada aqui, esta semana é a vez de Control.

Control é um bio-pic de Ian Curtis, o icónico vocalista dos Joy Division. A realização coube a Anton Corbijn (que não é de todo um estranho nas lides musicais) e o argumento foi adaptado de "Touching from a Distance", livro escrito pela própria viúva de Curtis (que também esteve envolvida na produção).

Se há uma coisa que, para além da música, se destaca em Control, eu diria que é a estética. O preto e branco parecia quase inevitável para um filme sobre os Joy Division, mas fiquei largamente surpreendido com a 'limpeza' das imagens. Cada plano é muito preciso e a imagem bem definida... não sei bem explicar, mas acredito que quem vir o filme irá perceber o que quero dizer. Talvez pelo realizador ser também fotógrafo, todo o filme se assemelhe a uma bem exposta fotografia a preto e branco.

Outra coisa que achei interessante foi que, ao longo do filme, houve um notável cuidado em manter um equilíbrio entre a vida pessoal e amorosa de Curtis, a sua carreira musical e respectivo processo criativo e ainda, a sua luta interior contra a doença que o assombrava. Isto é nem sempre é conseguido em filmes biográficos que, muitas vezes, se centram num único aspecto da personalidade que pretendem retratar.

Não me considero um fã de Joy Division (o filme modificou um pouco isso). Sempre foi uma daquelas bandas aclamadas com a qual não conseguia estabelecer grande ligação e por isso mesmo nunca me interessei muito por eles e pela sua história.
Assim, quase tudo neste filme, com excepção do desfecho trágico, foi novidade para mim e fiquei surpreendido com a simplicidade da vida de Curtis. Sim, ele tem aquela aura de génio atormentado (e era mesmo), mas não mostrava aqueles grandes excessos que estamos habituados a ver em estrelas musicais. É certo que a carreira musical dos Joy Division acabou precocemente e antes ainda do reconhecimento global (Curtis suicidou-se antes da tour Norte Americana), no entanto é quase estranha a 'banalidade' da sua vida.

Ironicamente, como acontece quase sempre, o suicídio de Curtis imortalizou-o e criou todo um mito à volta dos Joy Division, que com "Love Will Tear Us Apart" (publicada postumamente) atingiram o seu maior sucesso.

Para a semana: About Schmidt
13bly

Friday, January 29, 2010

Thursday, January 28, 2010

Se Deus tivesse um mp3... [12]

... de certeza que esta música estaria lá!


This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end



Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end


I'll never look into your eyes...again
The End - The Doors
13bly

Tuesday, January 26, 2010

Audiovisual IV

audiovisual

adj. 2 gén.,
relativo simultaneamente à audição e à visão;
que associa som e imagem no processo de comunicação;
BETWEEN
(mais experiências audiovisuais em breve)
13bly

Monday, January 25, 2010

Discos do Baú nº1

Porque a música de hoje vem da música de ontem, Discos do Baú é o nome da nova rubrica do 13bly e nela irá falar-se de álbuns que são muitas vezes catalogados de, simplesmente, "antigos". Numa altura em que a música é, cada vez mais, consumida a um ritmo avassalador é importante recordar algumas preciosidades do passado que, tal como o vinho do Porto, não perdem qualidade com o passar do tempo.

Antes de começar, quero apenas deixar bem claro que não possuo qualquer formação musical nem conhecimento algum de manuseamento seja de que instrumento musical for. Assim, as "críticas" aqui tecidas, serão feitas na óptica de um humilde adepto de música.

Discos do Baú nº1

Já há muito que me queria 'iniciar' no mundo do jazz. Desde pequeno (e não, isto não é conversa de futebolista) que este estilo musical me fascina, mas nunca me predispus a ouvi-lo 'como deve ser'. Haverá melhor forma de fazê-lo do que com um dos maiores génios da sua história que por sinal tocava um dos instrumentos que mais caracterizam o género? Foi por isso que escolhi A Love Supreme como o 1º disco desta rubrica.
A LOVE SUPREME
John Coltrane
(1965)



Género - Jazz
Editora - Impulse!
Duração - 33:02
Faixas - 4
  1. Acknowledgement (7:42)
  2. Resolution (7:19)
  3. Pursuance (10:42)
  4. Psalm (7:03)
John Coltrane é um dos mestres incontornáveis da história do jazz a par de nomes como Miles Davis e Thelonius Monk com quem aliás, partilhou o palco por diversas vezes. Ao longo da sua vida Coltrane andou na vanguarda do jazz quebrando barreiras nas suas inúmeras categorizações (bebop, free-jazz, modal ...). Presença assídua em listas de melhores álbuns de sempre, A Love Supreme é um dos seus trabalhos mais aclamados pois mistura influências do bebop com o qual iniciou a carreira e do free-jazz que viria marcar as fases posteriores da mesma.
  1. O soar do gongo marca o início de Acknowledgement e do álbum. Sobre um rufar nos pratos, ouvem-se as primeiras notas do saxofone de Coltrane que se silenciam de seguida para deixar o contrabaixo marcar o compasso da música. Logo lhe segue a percussão e o piano montando assim o pano de fundo para o solo de sax que constitui o 'sumo' da faixa. O som de fundo vai-se intensificando para acompanhar o solo de Coltrane até que este conduz a música novamente aos acordes definidos inicialmente pelo contrabaixo. Estabilizado o ritmo, começa o próprio Coltrane cantar o lema que deu o nome ao disco numa espécie de cântico que, ao cessar faz toda a música descer de intensidade até que apenas se ouve o contrabaixo.
  2. A faixa seguinte - Resolution - começa precisamente com o contrabaixo solitário e, sem qualquer aviso entram simultâneamente o piano, a bateria e, claro, o saxofone. Resolution apresenta um ritmo mais acelerado do que a anterior e é conduzida em grande parte por um solo de piano que, lá para o meio da música, devolve o protagonismo a Coltrane e ao seu saxofone.
  3. Pursuance é a faixa que reúne mais variedade. Talvez por isso seja também a mais longa. Inicia-se com um poderoso solo de bateria que dura cerca de um minuto e meio até ser rasgado pelo saxofone que chega acompanhado, como seria de esperar, pelo contrabaixo e piano. O saxofone mantém-se em destaque até que se inicia o solo de piano, que desemboca num novo solo de saxofone, que liga a um segundo solo de bateria que, por fim abre caminho para o solo de contrabaixo que termina a música.
  4. A Love Supreme fecha com Psalm, a faixa mais profunda e - porque não dizê-lo dado o seu nome - espiritual. A sonoridade da música transparece isso mesmo. A lenta cadência marcada por tímpanos que se ouvem ao fundo convida à reflexão. Segundo pude apurar Coltrane considerava esta faixa como uma narração musical na qual o seu saxofone recitava um poema que viria incluído no livrete da versão física do disco.
Pelo que li, John Coltrane concebeu A Love Supreme como um agradecimento a Deus pelo talento que lhe conferiu e, assim, o álbum é representativo de uma luta interior por pureza de espírito. As quatro partes que o constituem representam isso mesmo. Senão veja-se, o álbum começa com o reconhecimento (em inglês - acknowledgement) de um estado de espírito impuro, o gongo a tocar é como um despertar para essa realidade. Segue-se a decisão (resolution) limpar a alma e procurar (pursue) a pureza de espírito. Finalmente Coltrane encontra refúgio na oração e religião e dirige o seu agradecimento a Deus na forma de um salmo (psalm).

São estas as quatro partes que fazem de A Love Supreme um dos maiores testemunhos da era de ouro do jazz e do génio de John Coltrane. Este disco ainda é um perfeito aperitivo para quem, como eu, se está a iniciar neste mundo.

13bly

Sunday, January 24, 2010

Fazer de conta...

... que estas bandas existem!
... que estes álbuns existem!
... que estas bandas me pediram para ilustrar estes álbuns!
... que sou criativo!
Template da caixa: Le Marquis
Design das capas:
João Ruivo
13bly

Saturday, January 23, 2010

Friday, January 22, 2010

Como?! Importa-se de repetir? #2

De longe a longe vejo/leio/escuto algo nos média que me espantam - coisas demasiado estranhas e sem sentido. E não, não me refiro aquelas notícias que já de si são bizarrices como cobras malabaristas ou porcos que falam inglês.
A primeira vez que partilhei uma notícia destas foi quando aquando da eleição do Peixe do Ano 2009, mas hoje é diferente.

Estava eu a folhear o JN de hoje quando me deparo com uma entrevista de página inteira ao Fernando Ribeiro (vocalista dos Moonspell e um dos elementos do irritante projecto Amália, Hoje). Como não tinha nada melhor para fazer lá iniciei uma desinteressada leitura, mas, logo na primeira pergunta, parei incrédulo.

Perguntava o JN:
"Qual é o balanço de tudo o que tem acontecido com os Amália Hoje?"
E Fernando Ribeiro responde:

"É uma surpresa grande. Nunca teve grande promoção e chegou directamente às pessoas. Foi um projecto pequeno e foi crescendo. Nunca tivemos a simpatia da indústria e dos media. Tivemos críticas abomináveis e de mau gosto. Criticaram o álbum e os músicos."
(entrevista na íntegra: aqui)

13bly

Thursday, January 21, 2010

"Who said you needed to buy a guitar?"


Três músicos.


Três gerações.

Três abordagens.

Um instrumento.

O que acontecerá quando se juntarem três dos maiores guitarristas da actualidade numa sala para falarem da sua grande paixão comum?
"We'll probably get into a fist fight!" responde Jack White no tom de brincadeira que lhe é característico.

It might get loud é o mais recente documentário de Davis Guggenheim, o realizador do famoso (não só pelos melhores motivos) documentário ambientalista Uma Verdade Inconveniente. Ao convidar três dos guitarristas mais influentes da actualidade Guggenheim está a homenagear um dos instrumentos musicais mais icónicos - a guitarra.

Goste-se ou não do trabalho destes três músicos é inegável o seu talento e importância no panorama musical. Se em relação a Jimmy Page a validade da escolha parece ser consensual, tenho lido algumas opiniões que discordam da escolha de Jack White como representante da actual geração ou que acham que The Edge está desenquadrado no grupo (em grande parte devido às influências blues dos outros dois). Pessoalmente acredito que os três desempenham bem o papel que lhes cabe e que o filme se torna mais interessante e rico precisamente pelas suas diferenças.

Poderia dizer-se, por exemplo, que Jimmy Page traz a mestria técnica, The Edge a 'arquitectura sonora' de trabalhar o som com efeitos e que o contributo de Jack White reside na energia e som cru que ele extrai da guitarra. Esta separação é no entanto muito simplista. Ao longo do documentário essas fronteiras esbatem-se frequentemente, pelo que uma compartimentação deste tipo deixa de fazer sentido. Para mim, mais do que representar um papel ou uma filosofia, cada músico está lá em seu próprio nome.
Para não estender muito esta crítica apenas digo rapidamente que me surpreendeu a boa disposição e humildade de Jimmy Page, que esperava outro tipo de atitude de Jack White parecendo arrogante e pouco genuíno nos seus segmentos e ainda, que as histórias de The Edge e a curiosidade que demonstrou pelo trabalho dos outros tornaram a sua presença muito bem-vinda mesmo para um 'não-fã' como eu. Os segmentos individuais dos três protagonistas foram interessantes e continham pequenas pérolas de conhecimento sobre o seu passado e as suas origens musicas mas, em termos gerais, o que mais me fascina neste documentário é o encontro do trio.

Não é todos os dias que podemos presenciar este tipo de interacção entre músicos deste calibre, e, foi verdadeiramente curiosa a sua descontracção enquanto partilhavam experiências, o à vontade com que perguntavam uns aos outros "como fizeram 'aquilo'?" ou "como nasceu 'este' ou 'aquele' riff?", a facilidade com que pegavam na guitarra e começavam a aprender o que cada um tinha para ensinar... São estas pequenas coisas que fazem It might get loud o documentário que é.
A cena mais memorável foi para mim ver Jimmy Page, no seu extenso arquivo musical a escolher uma das músicas que mais influenciou (Link Wray - Rumble) e, ao pô-la a tocar, o seu rosto iluminar-se com um sorriso infantil de pura delícia. Nota-se que no início tenta combater a vontade de acompanhar a música com as mãos e simular a guitarra, mas cedo desiste disso e acaba por desfrutar por completo. Pura magia!

It might get loud dificilmente mudará a forma de alguém ouvir música, não é um documentário com esse alcance, não deixa no entanto de conter pormenores interessantes sobre os seus protagonistas e a sua forma de fazer música merecendo portanto uma vista de olhos, principalmente de quem for fã de pelo menos um deles.

13bly

Tuesday, January 19, 2010

Cinema ao alcance de todos

série ípsilon II
Começou a ser distribuída na passada Sexta-Feira a segunda remessa de DVDs do Público/Ípsilon. Pela módica quantia de €1,95 qualquer cinéfilo consegue, semanalmente, enriquecer a sua colecção com esta selecção de filmes de culto.
O primeiro lançamento foi Juno, filme sensação de 2008, e o escolhido para a próxima semana é Control, o filme baseado na vida do carismático vocalista dos Joy Division, Ian Curtis.

Esta selecção é ainda mais forte e mais numerosa do que a da primeira série e dela constam filmes como O Escafandro e a Borboleta ou 24 Hour Party People (que já estão na minha lista de "filmes a ver" há muito tempo) e realizadores tão sonantes e consagrados quanto Milos Forman, Roman Polanski ou Lars Von Trier.

Estas promoções do Público são iniciativas louváveis que, a um preço convidativo, levam a cultura a casa das pessoas. Os cinéfilos agradecem!

13bly

Monday, January 18, 2010

Samuel Úria roga: "Não arrastes o meu caixão!"

Samuel Úria decidiu apresentar o seu álbum em ritmo de tango com uma pitada de western e um cheirinho de portugalidade (pode ser ouvido no myspace). "Não Arrastes o Meu Caixão" foi então o primeiro single extraído de "Nem Lhe Tocava" (mencionado brevemente aqui).
A esta altura do campeonato, que Samuel Úria lançou o álbum e que "Não Arrastes o Meu Caixão" é o seu primeiro single, dificilmente pode ser considerado notícia. O que pretendo com este post é anunciar ganhei o CD single num passatempo!

13bly

Sunday, January 17, 2010

Douglas: Will you keep out all the sadness?

Max: I have a sadness-shield that keeps out all the sadness, and it's big enough for all of us.

Depois de tantas cambalhotas com a data da estreia, O Sítio das Coisas Selvagens deu finalmente à costa portuguesa na primeira semana de Janeiro e foi ingloriamente abafado pela Avatarmania (que tinhas estreado umas semanas antes).
A adaptação do clássico de literatura infantil de Maurice Sendak chega ao grande ecrã pelas mãos de Spike Jonze num inesperado e apelativo formato live-action.
Tem havido um certo consenso por entre as entidades de classificação de filmes pelo mundo fora ao considerar que o filme não é propriamente adequado a crianças mas, pegando nas palavras do próprio Spike Jonze, o objectivo não era fazer um filme infantil, mas sim um filme sobre infância. Depois de ver o filme, não podia concordar mais. Apesar da sua aura aparentemente divertida o filme está carregado de introspecção e até alguns momentos de melancolia que podem não cair bem a uma criança.

Ando a antecipar O Sítio das Coisas Selvagens desde Outubro de 2008 e, depois desta longa espera e do gradual crescimento das expectativas, tenho o prazer anunciar que não me senti minimamente defraudado com o resultado final.
Esta é a história de Max, um rapazinho normal que, como todas as crianças, brinca com a imaginação. Também como é normal nas crianças, quando as coisas não lhe correm de feição Max faz perrice. É no seguimento de uma dessas suas birras que, descontroladamente foge da mãe e, sem saber como, vai parar ao sítio das Coisas Selvagens.

Quando lá chega, depois de uma longa viagem de barco, Max encontra umas criaturas estranhas que, tal como ele, estavam com problemas e, entre umas mentiritas inocentes e a promessa de os manter todos unidos e felizes, torna-se o rei deles. Como será de esperar, as coisas não não vão ser assim tão simples e, após uns tempos em que tudo parece correr bem, o comboio começa a descarrilar.

Cedo se percebe que as Coisas Selvagens são, também elas, muito como crianças. As suas personalidades começam a entrar em conflito, surgem amuos e zangas e o "Rei Max", perdendo o controlo da situação, faz o seu melhor para cumprir a sua 'promessa eleitoral'.

Como podem ver, a história é simples pois, no fundo, trata-se de um conto infantil. A sua mensagem é no entanto profunda e mais direccionada para os adultos.

Antes de terminar o post, quero apenas referir três coisas sem as quais O Sítio das Coisas Selvagens não seria o filme que é:
  1. A estética: as Coisas Selvagens são incríveis, são irreais, mas ao mesmo tempo credíveis. Numa altura em que a manipulação digital é solução para tudo, optar por fatos grandes e peludos foi decisivo para dar a este filme um toque pessoal e único. Também os cenários e, principalmente a luz solar, contribuem para essa identidade própria que O Sítio das Coisas Selvagens possui pois, apesar de parecerem absolutamente reais paira sempre no ar uma confortável aura de fantasia infantil;
  2. As vozes: cada uma das Coisas Selvagens tem uma personalidade própria e, por vezes, difícil de lidar. As vozes de cada uma espelham isso mesmo e assentam nas personagens que nem luvas. De realçar a voz de James Gandolfini, não porque o seu desempenho tenha seja melhor que as restantes, mas pela estranheza que é ouvir a voz de Tony Soprano a sair de um bicho peludo daquele tamanho;
  3. A música: da autoria de Karen O. (mais conhecida como a vocalista dos Yeah Yeah Yeahs), a banda sonora funciona em perfeita sintonia com a acção e adapta-se como um camaleão às diferentes tonalidades do filme. Nos momentos agitados as músicas são aceleradas e estão carregadas de uivos e ritmos selvagens, nos momentos alegres a música transborda luz e boa disposição e nos momentos melancólicos, o espírito da música espelha exactamente a sensação de tristeza que se vê no ecrã. A verdade é que, antes de ver o filme já tinha ouvido a banda sonora e, não a tendo achado má, também não a achei particularmente fantástica, no entanto, inserindo-a no contexto do filme esta ganha outra dimensão e funciona em conjunto com as imagens como um só.
O Sítio das Coisas Selvagens não é o típico conto infantil com um final feliz (aliás, se forem sensíveis vão preparando um lencinho). É sim uma brilhante história introspectiva sobre o crescimento emocional das crianças com a qual todos os adultos podem também crescer um bocadinho.

13bly

Saturday, January 16, 2010

mixtape número oito

mixtape número 8 : 8 novas faixas
(peço desculpa pelo interregno)
13bly

Wednesday, January 13, 2010

Alice no País da Musica-Pré-Adolescente-De-Gosto-No-Mínimo-Duvidoso-Mas-Que-Vai-Vender-Que-Nem-Ginjas

Está revelado o alinhamento da banda sonora do novo filme de Tim Burton:

1. “Alice (Underground)” performed by Avril Lavigne
2. “The Poison” performed by The All-American Rejects
3. “The Technicolor Phase” performed by Owl City
4. “Her Name Is Alice” performed by Shinedown
5. “Painting Flowers” performed by All Time Low
6. “Where’s My Angel” performed by Metro Station
7. “Strange” performed by Tokio Hotel and Kerli
8. “Follow Me Down” performed by 3OH!3 featuring Neon Hitch
9. “Very Good Advice” performed by Robert Smith
10. “In Transit” performed by Mark Hoppus with Pete Wentz
11. “Welcome to Mystery” performed by Plain White T’s
12. “Tea Party” performed by Kerli
13. “The Lobster Quadrille” performed by Franz Ferdinand
14. “Running Out of Time” performed by Motion City Soundtrack
15. “Fell Down a Hole” performed by Wolfmother
16. “White Rabbit” performed by Grace Potter and the Nocturnal


É oficial: perdi a esperança.

13bly

Tuesday, January 12, 2010

tique taque tique taque tique


Se substituirmos "You" por "I" obtemos a frase que melhor descreve esta minha semana.

13bly

Sunday, January 10, 2010

E eis que, um ano e um dia depois...

... volta a nevar em Famalicão.
(só um bocadinho, mas nevou)


A neve é também um excelente pretexto para partilhar o magnífico vídeo da música Follow the Map. Este foi o primeiro single do album Hymn to the Immortal Wind editado pelos japoneses Mono no ano passado.

Não há palavras para o descrever. É pura e simplesmente arrepiante.

13bly

Saturday, January 9, 2010

E se de repente...

... o mundo mudasse?

De um dia para o outro destruíam-se todas as convenções e o que tomamos por adquirido desaparecia. A percepção seria uma folha em branco. Preconceitos seriam inexistentes e o mesmo se passaria com conhecimentos adquiridos, o chamado senso comum.

A vida voltava a ser uma grande incógnita, um admirável mundo novo. Exactamente como um bébé que acaba de chegar ao mundo. Tabula rasa.

Um belo dia acordávamos, abríamos a janela e reparávamos que não havia leis da física nem regras de trânsito, nada que nos dissesse que para cima é para cima ou que a esquerda não é a direita. O Norte podia ser o Sul e ninguém ia saber.
Não ias ser capaz de afirmar que o certo é que está certo ou se o errado é que está. Bem ou mal, quente ou frio seriam apenas palavras que poderiam ser ou não sinónimos.
Dentro seria potencialmente igual a em cima e em cima seria o mesmo que à frente. Igual seria diferente, mas também poderia ser igual. Possibilidades infinitas (e se infinito passar a ser pouco?).

Escuro ou claro, que importância tem? Manhã como oposição a noite? Talvez sim talvez não... Importa mesmo saber se é tarde ou cedo? Não serão os dois, no fundo a mesma coisa? As horas, minutos e segundos...

E pensar que já todos fomos assim... desorientados, sem noção de nada e ao mesmo tempo disponíveis para aprender tudo... pensar que já todos fomos assim e que o vamos ser de novo... pensar que já fomos assim e no bom que seria que, conscientemente, voltássemos a sê-lo.

13bly

Thursday, January 7, 2010

Quando foi anunciado não dei o devido destaque...

... mas porra, os Yo La Tengo vêm ao Porto!!


E estão numa forma do caraças! A nível criativo bastaria dizer que o Popular Songs é um dos meus álbuns favoritos de 2009. Já a nível de performance... bem, penso que o vídeo fala por si.


É impressionante tanta pujança e frescura numa banda que tem tantos anos de carreira como eu de idade.

A comprovar ao vivo (espero eu) no dia 15 de Março na Casa da Música do Porto (no dia anterior tocam na Aula Magna de Lisboa caso alguém esteja interessado).

13bly

Wednesday, January 6, 2010

É só para avisar que...

... o 13bly é blog da semana no cotonete.


O cotonete - o conhecido portal de música interactivo português - acabou de eleger o 13bly como "Blog da Semana". Lá para o final do mês estará ainda a votos para o prémio Golden Blog, concorrendo com os outros blogs distinguidos em Janeiro.

Ao cotonete um muito obrigado, não só pela distinção mas também pelo trabalho desenvolvido.

13bly

Monday, January 4, 2010

Apanhar o elevador

Um homem de negócios com um turbante na cabeça caminha para um edifício de luxo. O porteiro abre-lhe a porta e o homem entra para o átrio. Toca o telemóvel e o homem atende.

MULHER
(ao telefone)
"Amor, ainda demoras? Tenho o jantar quase pronto."

HOMEM
"Não querida, estou mesmo a entrar no prédio. É só apanhar o elevador e daqui a 20 minutos tou em casa."
Com 800 metros de altura o Burj Dubai é o novo edifício mais alto do mundo.
(eu sei que os elevadores dos arranha céus são bem mais rápidos, mas ocorreu-me isto ao ver a notícia no telejornal)

13bly

mixtape número sete

uns dias atrasadas mas aqui estão as 8 faixas

13bly

Saturday, January 2, 2010

XV Fotograma

fotograma

s. m.,
cada imagem fotográfica de um filme;

 
The Fall


13bly