DeVotchKa, a chamada 'banda do Little Miss Sunshine' despertou em mim uma imensa curiosidade quando foram confirmados para a recepção ao campista da edição de 2007 do Festival Paredes de Coura.
Conhecia já um pouco da banda (principalmente devido ao filme), mas a sua prestação ao vivo era uma incógnita. O espectáculo a que assisti foi genial a vários níveis, o 'efeito surpresa' foi gigantesco e a energia contagiante. Viveram-se, nesse concerto, momentos quase mágicos.
Chegado o momento de reviver um dos melhores concerto a que já assisti, o quarteto de Denver (agora com mais um álbum na bagagem) não desiludiu. Mesmo já sem o 'efeito surpresa' e com num ambiente bastante diferente os DeVotchKa deram, na Casa das Artes de Famalicão, mais um concerto fantástico assinando uma espécie de confirmação da sua imensa qualidade musical.
O quarteto em palco.
Os quatro protagonistas da noite entraram em palco discretamente e sob uns aplausos ainda um pouco tímidos assumiram as suas posições e tomaram conta dos seus instrumentos. O espectáculo ia começar.
- Não vou fazer uma análise exaustiva da setlist até porque tem lá coisas que não sei interpretar e outras que não sei se terão passado mesmo assim;
- Não vou estabelecer comparações com o concerto de Paredes de Coura porque se trataram de espectáculos diferentes;
- Não vou fazer uma crítica muito extensa porque não há palavras que descrevam um concerto deste.
Nick Urata e a sua voz muito expressiva
Durante o concerto Nick Urata, o vocalista, alternava entre a guitarra acústica, a guitarra eléctrica e o bouzouki dando uns toques no theremin e numas maracas quando era preciso. Tom Hagerman, com o seu ar de génio musical, acompanhava Nick ora com um violino, ora com o acordeão ou piano e até com uma banana/maraca. Jeanie Schroder, para além de ceder a sua voz para o fundo de algumas músicas, e apesar de ser a única menina do grupo, é a que toca os instrumentos mais pesados alternando entre um contrabaixo e uma espécie de tuba (sousafone) com luzinhas de Natal. Por fim, Shawn King, o homem da bateria e da percussão, junta-se aos restantes companheiros da banda na frente do palco para tocar trompete.
Tom Hagerman | Jeanie Schroder |
Ao longo da duração do espectáculo os DeVotchKa não fizeram exclusivamente promoção ao seu último álbum. O alinhamento foi dividido de forma equilibrada entre A Mad & Faithful Telling (2008) e How it Ends (2004) tendo ainda tocado o EP de 2006 (Curse Your Little Hearts) quase na íntegra e uma ou outra música de SuperMelodrama (2000) e Una Volta (2003).
Nick Urata, agora na guitarra eléctrica.
Os momentos altos foram sem sombra de dúvida a quase hipnotizante How it Ends e a fantástica cover de Somethin' Stupid (música popularizada por Sinatra e filha). Houve também momentos mais agitados protagonizados sobretudo pela Enemy Guns, Head Honcho ou The Last Beat of My Heart (original de Siouxsie). E outras músicas excelentes (quase todas) como a Queen of the Surface Streets ou a The Clockwise Witness.
Foi um concerto fabuloso que maravilhou a plateia e algumas das reacções dos músicos (acenos de cabeça e sorrisos) fizeram-me crer que os músicos também estavam a gostar da participação do público.
A sala não estava cheia, longe disso, mas estava relativamente composta e, ao fim da segunda ou terceira música, o público estava conquistado e isso fazia-se sentir nos aplausos. O encore foi 'exigido' de pé e com muito entusiasmo e ao final do concerto toda a gente me pareceu bastante animada e satisfeita com o espectáculo.
Foi um concerto fabuloso que maravilhou a plateia e algumas das reacções dos músicos (acenos de cabeça e sorrisos) fizeram-me crer que os músicos também estavam a gostar da participação do público.
A sala não estava cheia, longe disso, mas estava relativamente composta e, ao fim da segunda ou terceira música, o público estava conquistado e isso fazia-se sentir nos aplausos. O encore foi 'exigido' de pé e com muito entusiasmo e ao final do concerto toda a gente me pareceu bastante animada e satisfeita com o espectáculo.
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