Monday, July 6, 2009

Le Fabuleux Destin d'

Yann Tiersen
@ Casa das Artes de Famalicão ~ 05-07-09
Ontem à noite Yann Tiersen subiu ao palco da Casa das Artes de Famalicão pela terceira vez e, pela primeira vez, lá estava eu a assistir.
Infelizmente e devido à incompetência da gestão do blog da Casa das Artes (que dizia que o concerto começava às 22h00 quando na verdade começava às 21h30), cheguei atrasado e perdi as duas primeiras músicas do concerto (Dark Stuff e La Terrase, uma das minhas favoritas).

Quem esperava ver Tiersen de volta do piano e do acordeão (os desinformados) deve ter apanhado uma grande surpresa quando viu a formação da banda que subiu ao palco. Yann Tiersen com o seu ar de enfant terrible fez-se acompanhar de um baterista, um baixista (que também tocou melodica), um guitarrista e uma menina que tocava ondes Martenot e emprestava a sua voz nalgumas músicas. O próprio Tiersen oscilava entre guitarra e mútliplas pedaleiras, teclado/sintetizador e, muito esporadicamente, o violino.
Um concerto de Yann Tiersen, nestes moldes, assemelha-se mais a um concerto rock do que outra coisa qualquer e acredito que isso possa ter desapontado muita gente, mas que vistas bem as coisas apenas demonstra a versatilidade deste Senhor. A sonoridade assemelhava-se em frequentemente de post-rock com pelo menos um momento no concerto de caos fabricado e distorção q.b. a fazer lembrar Sonic Youth.
Para mim este concerto não foi uma desilusão, mas antes uma agradável surpresa (mesmo já contando com um espectáculo assim).

Um dos momentos mais aplaudidos da noite (com algumas alminhas a aplaudir de pé) foi uma espécie interlúdio a solo de Tiersen com o violino (Sur Le Fil). Destaco também como momentos altos, La Râde e todo o fantástico encore (Fuck Me, Esther e La Valse d'Amélie). Isso e um tímido e divertido 'obrigado' que Tiersen soltou entre músicas.
Yann Tiersen é um génio dos nossos tempos e esta sua versatilidade é prova disso. É um multi-instrumentista que se consegue adaptar fácilmente ao estilo clássico, ao som boémio com cheirinho a Paris ou ao rock alternativo.
Houve momentos no concerto que era difícil descolar os olhos do palco, mais especificamente do próprio Tiersen, tal era a aura que ele emitia. Tal era o seu génio.

Foi um concerto magnífico, houve apenas uma música em todo o espectáculo que me pareceu um pouco chata (não sei qual foi), mas, salvo essa excepção, adorei o serão e espero poder repetir em breve pois este soube a pouco.
Se gostava de ter visto Tiersen a tocar acordeão e piano? Adorava, mas o concerto não foi pior por isso!

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