NOTA PRÉVIA: Este post não contém uma única mentira.
Não, não é o post sobre o filme do Tim Burton, esse ainda não o vi. É sim um post sobre as excelente edição do Expresso dos dois famosos contos de Lewis Carroll (Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho). Não são baratos - 9,90€ por lançamento acaba por ser muito significativo quando se divide cada um dos contos em duas partes - mas, bem vistas as coisas, ao fim e ao cabo levamos para casa bem mais do que livros.
Para além da história original os livros incluem comentários do cronista/escritor Miguel Esteves Cardoso e ilustrações do artista plástico Diogo Muñoz. A impressão é de qualidade e todo o grafismo das páginas é pensado ao pormenor - há páginas em que o texto está organizado em formas específicas, há palavras que, de acordo com o que se passa na história, crescem e diminuem de tamanho, se desvanecem e surgem do nada, ficam de sɐuɹǝd ɐɹɐd o ɹɐ ou dão piruetas e assumem formas improváveis.
A minha única queixa é que, apesar de gostar das ilustrações de Muñoz (pelo menos a maior parte delas) preferia que tivessem sido mantidas as ilustrações originais de John Tenniel mas, apesar de tudo e, tendo em conta que já se perde tanto na tradução para português, as novas ilustrações acabam por contribuir positivamente para o visual moderno desta edição.
A minha única queixa é que, apesar de gostar das ilustrações de Muñoz (pelo menos a maior parte delas) preferia que tivessem sido mantidas as ilustrações originais de John Tenniel mas, apesar de tudo e, tendo em conta que já se perde tanto na tradução para português, as novas ilustrações acabam por contribuir positivamente para o visual moderno desta edição.
Sobre os contos em si pouco vou dizer visto que, para além de ser demasiado difícil passar para palavras as aventuras de Alice, estas devem ser experimentadas e interpretadas individualmente e esse é um prazer que não quero retirar a ninguém.
Digo apenas que, por incrível que possa parecer a quem apenas conhece as versões cinematográficas ou televisivas desta fantástica história, os contos originais conseguem ser ainda mais surpreendentes e loucos do que as suas adaptações posteriores. Grande parte dos diálogos são deliciosamente sem sentido e todas as situações são absolutamente improváveis apesar de, na verdade, parecerem perfeitamente naturais.
Façam um favor a vocês próprios, se são fãs de qualquer uma das adaptações destas histórias deixem de ser preguiçosos e leiam o original. Se não são fãs, leiam na mesma pois custa-me a crer que alguém não vá gostar.
Façam um favor a vocês próprios, se são fãs de qualquer uma das adaptações destas histórias deixem de ser preguiçosos e leiam o original. Se não são fãs, leiam na mesma pois custa-me a crer que alguém não vá gostar.
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