De longe a longe apetece-me ao mesmo tempo testar a sorte e descobrir música nova. Quando isso acontece acedo a um de muitos blogs que se dedicam a disponibilizar música de forma menos lícita e escolho um álbum às escuras (por vezes mais do que um). A escolha nem sempre é totalmente aleatória e às vezes baseio a escolha no nome da banda, do álbum ou de alguma música ou até porque simplesmente gostei do artwork ou encontrei algo que me chamou à atenção na pequena descrição que costuma acompanhar o link de download.
Nem sempre os resultados são positivos mas a verdade é que à custa desta brincadeira já descobri muitas pérolas musicais. Assim de repente, lembro-me que foi assim que descobri os Ratatat e os Explosions in the Sky (ou os God is an Astronaut, já não tenho a certeza). A última descoberta que fiz desta maneira foram os Crippled Black Phoenix com o seu último trabalho - I, Vigilante (desta vez foi o nome da banda que me atraiu).
Apesar achar que as duas faixas que referi se destacam, tanto We Forgotten Who We Are como Fantastic Justice (as músicas de permeio entre Troublemaker e Bostogne Blues) não trazem desmérito algum ao disco. São duas músicas poderosas,
As minhas reticências em relação a I, Vigilante só surgem mesmo no final quando o inesperado acontece. Of a Lifetime é uma cover dos 'velhinhos' Journey que roça o azeiteiro sem nunca se tornar verdadeiramente desconfortável de ouvir. Talvez funcione como homenagem ou guilty pleasure mas é uma maneira estranha de fechar oficialmente um álbum que, até aqui estava bem equilibrado. A faixa bónus que fecha verdadeiramente o álbum - Burning Bridges - soa muitíssimo bem, mas está também muito deslocada.
Para quem quiser tirar as próprias conclusões, I, Vigilante pode ser ouvido mesmo aqui em baixo (com excepção de Burning Bridges - a faixa bónus).
13bly
* Um lobo pode mudar o pêlo mas não a sua natureza.