Os Arctic Monkeys não são uma daquelas bandas indiscutivelmente brilhantes e influenciais que hão-de ser recordadas para a eternidade - pelo menos penso que não. Ainda assim guardo-os num cantinho especial da minha memória.
Depois de alguns lançamentos 'menores' com os quais rapidamente começaram a gerar burburinho no 'underground musical' editaram o seu primeiro álbum. Isto aconteceu durante o agora longínquo ano de 2006 altura em que foram catapultados para a fama. Foi também mais ou menos nesta altura que eles me 'foram apresentados'. Na altura eu era ainda imaturo em lides musicais e não tinha despertado o gosto e espírito crítico que hoje 'me gabo' de ter. Estes quatro rapazes juntamente com os Strokes (que me tinham sido dados a conhecer - tardiamente - durante o ano anterior) acompanharam de perto o início dessa mudança de mentalidade e personalidade. Aliás, atrever-me-ia a dizer que talvez tenham sido uns dos principais responsáveis por essa 'metamorfose' - bem pelo menos terá sido com eles (entre outros) que despertou a consciência de que há música para além da RFM no carro dos pais.
Os 'macacos' eram uns putos normais e Whatever You Think I Am, That's What I'm Not (o primeiro álbum - 2006) reflectia isso mesmo. Despretensiosos e até talvez ingénuos, escreviam sobre noitadas de copos com amigos e romances rápidos típicos da adolescência. A sonoridade andava de mãos dadas com as letras misturando toques de rebeldia com muita, muita festa. Com Favourite Worst Nightmare (2007) a música amadureceu um bocadinho e ganhou umas nuances mais sombrias mas aquela pica jovial ainda estava presente com fartura.
Depois de alguns projectos paralelos que pouco ou nada têm a ver com os macacos, os Arctic Monkeys voltaram à carga com um novo disco em 2009 - Humbug. Desta vez James Ford partilhou a tarefa da produção com Josh Homme (QOTSA) e isso é mais do que notório na sonoridade das músicas. Com este álbum a banda encontrou uma maturidade que até aqui não tinha - estes são os novos Arctic Monkeys, mais crescidos, mais maduros, mais sérios naquilo que fazem. Infelizmente, na minha opinião, também muito mais aborrecidos. Se ainda hoje acho piada aos dois primeiros discos, penso não estar a exagerar se afirmar que não ouvi Humbug de lés-a-lés sequer uma mão cheia de vezes. Também não minto se disser que não me lembro de uma única música do seu alinhamento.
Dentro de alguns meses deverá sair Suck it and See, o quarto trabalho da banda. Pelas amostras que já andam por aí, o caminho a trilhar é o mesmo - o da maturidade. Cada vez mais crescidos, cada vez mais sérios, cada vez mais desinteressantes... pelo menos para mim. Nos dias que correm a música é muita mas o tempo é escasso, urge então filtrar de alguma forma o que se ouve. Assim, se Humbug já rodou poucas vezes cá em casa, cheira-me que não irei sequer dar uma oportunidade a este novo disco.
Todos estes anos se passaram e os 'macacos' não são os mesmos - cresceram e fizeram-se homens mas também perderam jovialidade e frescura. A música, naturalmente, acompanhou essas mudanças. Se por um lado acho que não faria sentido ficarem parados na 'adolescência' e admito que esta evolução seja coerente, por outro lado simplesmente não consigo achar graça a estes 'novos' Arctic Monkeys.
13bly
Depois de alguns lançamentos 'menores' com os quais rapidamente começaram a gerar burburinho no 'underground musical' editaram o seu primeiro álbum. Isto aconteceu durante o agora longínquo ano de 2006 altura em que foram catapultados para a fama. Foi também mais ou menos nesta altura que eles me 'foram apresentados'. Na altura eu era ainda imaturo em lides musicais e não tinha despertado o gosto e espírito crítico que hoje 'me gabo' de ter. Estes quatro rapazes juntamente com os Strokes (que me tinham sido dados a conhecer - tardiamente - durante o ano anterior) acompanharam de perto o início dessa mudança de mentalidade e personalidade. Aliás, atrever-me-ia a dizer que talvez tenham sido uns dos principais responsáveis por essa 'metamorfose' - bem pelo menos terá sido com eles (entre outros) que despertou a consciência de que há música para além da RFM no carro dos pais.
Os 'macacos' eram uns putos normais e Whatever You Think I Am, That's What I'm Not (o primeiro álbum - 2006) reflectia isso mesmo. Despretensiosos e até talvez ingénuos, escreviam sobre noitadas de copos com amigos e romances rápidos típicos da adolescência. A sonoridade andava de mãos dadas com as letras misturando toques de rebeldia com muita, muita festa. Com Favourite Worst Nightmare (2007) a música amadureceu um bocadinho e ganhou umas nuances mais sombrias mas aquela pica jovial ainda estava presente com fartura.
Dentro de alguns meses deverá sair Suck it and See, o quarto trabalho da banda. Pelas amostras que já andam por aí, o caminho a trilhar é o mesmo - o da maturidade. Cada vez mais crescidos, cada vez mais sérios, cada vez mais desinteressantes... pelo menos para mim. Nos dias que correm a música é muita mas o tempo é escasso, urge então filtrar de alguma forma o que se ouve. Assim, se Humbug já rodou poucas vezes cá em casa, cheira-me que não irei sequer dar uma oportunidade a este novo disco.
Todos estes anos se passaram e os 'macacos' não são os mesmos - cresceram e fizeram-se homens mas também perderam jovialidade e frescura. A música, naturalmente, acompanhou essas mudanças. Se por um lado acho que não faria sentido ficarem parados na 'adolescência' e admito que esta evolução seja coerente, por outro lado simplesmente não consigo achar graça a estes 'novos' Arctic Monkeys.
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