Ou pelo menos é o que se diz embora no mundo de A Canção Mais Triste do Mundo não seja bem assim. Nos anos 30, em pleno período de depressão (neste caso tanto literal como economicamente), a cidade de Winnipeg - no Canadá - foi eleita por três anos consecutivos como a cidade com mais tristeza do mundo. Lady Port-Huntley - dona de uma cervejeira - reconheceu nesse facto uma oportunidade de negócio e resolveu organizar nessa cidade uma competição para apurar qual a canção mais triste do mundo (o prémio de 25.000$ talvez permitisse pagar algumas dívidas). É esta a base da surreal história de The Saddest Music in the World - adaptada por Guy Maddin de um argumento originalmente escrito por Kazuo Ishiguro.
Tanto a história como os personagens e as relações entre eles são extremamente rebuscadas mas é isso que dá charme ao filme. Isso e a estética da época que Guy Maddin adoptou e que tão bem se adapta ao surrealismo do argumento. The Saddest Music in the World é uma espécie de comédia musical com momentos completamente delirantes e situações absolutamente bizarras. Chega-se à conclusão que, das duas uma, ou isto é produto da cabeça de um louco, ou de um génio - embora eu prefiro acreditar se trata do segundo caso os dois andam frequentemente de mãos dadas.
Representantes dos vários países deslocam-se então a Winnipeg para defender a sua bandeira em frente-a-frentes musicais. estes confrontos têm direito a relato como se de um combate de boxe se tratasse e no fim, como em qualquer torneio que se preze, os vencedores de cada round banham-se em cerveja num ritual de consagração. Apesar de a competição se fazer no palco, alguns dos concorrentes têm laços que vão para além da música. É o caso dos personagens principais - dois irmãos rivais, quase opostos um do outro desde nascença e que, neste concurso, irão representar países diferentes (os EUA e a Sérvia), já o pai deles, para tornar tudo ainda mais estranho, defenderá as cores do Canadá. A rivalidade entre os irmãos irá fazer com que este concurso mundial se centre numa batalha familiar de honra, uma prova definitiva de que um é melhor do que o outro, ficando o prémio monetário para segundo plano.
A única falha grave que tenho a apontar ao filme é não inclusão de Portugal e do fado. Essa falha torna-se ainda mais imperdoável uma vez que um dos papeis principais é desempenhado por Maria de Medeiros. Tirando este pequeno pormenor The Saddest Music in the World é um filme que aconselho vivamente a quem gostar de ver coisas diferentes, a quem não tiver medo de entrar num mundo surreal e ver as coisas pelos olhos de Guy Maddin.
Representantes dos vários países deslocam-se então a Winnipeg para defender a sua bandeira em frente-a-frentes musicais. estes confrontos têm direito a relato como se de um combate de boxe se tratasse e no fim, como em qualquer torneio que se preze, os vencedores de cada round banham-se em cerveja num ritual de consagração. Apesar de a competição se fazer no palco, alguns dos concorrentes têm laços que vão para além da música. É o caso dos personagens principais - dois irmãos rivais, quase opostos um do outro desde nascença e que, neste concurso, irão representar países diferentes (os EUA e a Sérvia), já o pai deles, para tornar tudo ainda mais estranho, defenderá as cores do Canadá. A rivalidade entre os irmãos irá fazer com que este concurso mundial se centre numa batalha familiar de honra, uma prova definitiva de que um é melhor do que o outro, ficando o prémio monetário para segundo plano.
A única falha grave que tenho a apontar ao filme é não inclusão de Portugal e do fado. Essa falha torna-se ainda mais imperdoável uma vez que um dos papeis principais é desempenhado por Maria de Medeiros. Tirando este pequeno pormenor The Saddest Music in the World é um filme que aconselho vivamente a quem gostar de ver coisas diferentes, a quem não tiver medo de entrar num mundo surreal e ver as coisas pelos olhos de Guy Maddin.
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