Os Sonic Youth podem até ter acabado mas Thurston Moore, esse continua aí para as curvas. E desengane-se quem, pegando no seu mais recente álbum, pensou que este veterano já tinha levantado o pé do acelerador - aos 53 anos Thurston Moore ainda sabe rockar. Demolished Thoughts (2011) é o terceiro disco propriamente dito de Moore (se ignorarmos claro, os de Sonic Youth, as colaborações com mil e um artistas, os projectos experimentais, as edições de improviso,as bandas sonoras ou os discos ao vivo) e explora uma faceta mais melódica e delicada da sua personalidade.
Quando as luzes se apagaram no Grande Auditório do C.C. Vila Flor o entusiasmo da plateia era quase palpável. Não era caso para menos, Thurston Moore é uma espécie de lenda viva. Foi então sobre fortes aplausos, assobios acalorados, uivos e outras coisas estranhas que Moore subiu ao palco. Com ele trazia três outros músicos que o iriam acompanhar neste concerto (uma violinista, um baterista e um guitarrista) - os Good Love como Moore os baptizou em cima do joelho depois de uma brincadeira com o público.
Fui para este concerto com algum 'medo' do que aí viria. Confiava em Thurston Moore, claro, mas por vezes sinto que Demolished Thoughts é algo aborrecido e sem chama. As minhas preocupações acabaram por se revelar infundadas e Moore deu facilmente a volta à situação. Ao misturar (e bem) muitos temas de trabalhos anteriores (Queen Bee and Her Pals, Fri/End, Feathers, American Coffin...) com algumas músicas do disco novo e inserindo, como não podia deixar de ser, longas jams carregadas de distorção e feedback controlado, as quase duas horas de espectáculo acabaram por parecer curtas. Foi efectivamente o melhor de dois mundos num concerto que poucos esquecerão.
Fui para este concerto com algum 'medo' do que aí viria. Confiava em Thurston Moore, claro, mas por vezes sinto que Demolished Thoughts é algo aborrecido e sem chama. As minhas preocupações acabaram por se revelar infundadas e Moore deu facilmente a volta à situação. Ao misturar (e bem) muitos temas de trabalhos anteriores (Queen Bee and Her Pals, Fri/End, Feathers, American Coffin...) com algumas músicas do disco novo e inserindo, como não podia deixar de ser, longas jams carregadas de distorção e feedback controlado, as quase duas horas de espectáculo acabaram por parecer curtas. Foi efectivamente o melhor de dois mundos num concerto que poucos esquecerão.
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