Ainda não foi desta que consegui ir a todos os dias do Milhões de Festa, mas não ia deixar escapar a oportunidade de (uma vez mais) passar um dia no festival mais cool do país. Sim, é verdade! Correndo o risco de cair em repetição, o Milhões é MESMO um festival diferente. Quem nunca lá foi não entende, mas quem lá esteve (ainda que de visita como eu) sente isso imediatamente. Tanto o ambiente como o cartaz são, à imagem do festival, únicos e improváveis, mas também sem rival. Um festival para 4000 pessoas é uma experiência muito mais próxima e intensa e, em parte, é aí que reside o charme do Milhões. Aí e na dedicação e empenho da Lovers&Lollypops neste seu filho pródigo. Há realmente muito carinho e uma vontade enorme de fazer mais e melhor, procurando nunca trair a confiança já conquistada. Num só dia de festival (22 de Julho) bati o pé ao som dos ritmos dos Naytronix (projecto paralelo de alguma malta dos tUnE-yArDs) e dos Memória de Peixe, viagei no turbilhão psicadélico dos Moon Duo e dos Black Gnod (uma parceria especial entre os Gnod e barcelences Black Bombaim), deixei-me embevecer pela pop dos Alt-J ∆, dancei no groove da Discotexas Band (a junção dos talentos de Moullinex, Xinobi e Da Chick) e suei (muito) com o afro-techno (?) dos Shangaan Electro. De referir que tudo isto são bandas das quais ou nunca tinha ouvido falar, ou apenas conhecia por alto, mas das quais fiquei fã. |
O Milhões de Festaé daqueles poucos casos que justificam plenamente o hype. Esperemos é que, com tanta atenção e (sejamos honestos) bajulação o festival não se estrague e que, também aí, seja uma excepção à regra. Barcelos agradece e eu também.