O último fotoresumo desta viagem é dedicada a Israel e à Palestina ou, mais precisamente, Jerusalém e Belém. Infelizmente apenas passei um dia nestas cidades pelo que foi tudo visto um pouco a correr. Jerusalém é uma cidade riquíssima e facilmente se passariam lá dois ou três dias sem se ficar aborrecido.
Ambas as cidades são consideradas santas uma vez que são o local de grande parte dos eventos bíblicos e são também tão próximas uma da outra que a passagem de entre elas seria imperceptível não fosse o horrendo muro de 9 metros que as separa.
Ambas as cidades são consideradas santas uma vez que são o local de grande parte dos eventos bíblicos e são também tão próximas uma da outra que a passagem de entre elas seria imperceptível não fosse o horrendo muro de 9 metros que as separa.
A longuíssima viagem de autocarro entre Sharm-el Sheik e Jerusalém foi carregada de emoções. Ninguém sabia o que esperar da fronteira com Israel e o nervosismo era quase palpável. Esse nervosismo foi amplificado pois o guia egípcio não nos podia acompanhar no processo da travessia e estaria um guia israelita à nossa espera do outro lado, para além disso ele deu alguns conselhos sobre como interagir com os militares que provocou ainda mais intimidação. Por estranho que possa parecer, a passagem fronteiriça foi bastante tranquila e os militares que lá se encontravam a fazer o controle eram até bastante simpáticos (já o mesmo não se pode dizer das autoridade egípcias dessa fronteira) e a chegada a Jerusalém ocorreu sem nenhum percalço.
A primeira paragem foi no Monte das Oliveiras para uma lindíssima vista sobre a cidade (1ª foto) com a Cúpula da Rocha em claro destaque. Facilmente se fica maravilhado com o emaranhado de casas, igrejas, mesquitas, sinagogas e outros locais de culto no interior da muralha. Jerusalém é acima de tudo uma mistura de culturas e religiões, a cidade está dividida em quatro bairros (muçulmano, cristão, judeu e arménio) e a transição entre estes é tão discreta que tão depressa estamos num como, quase sem nos apercebermos, estamos noutro.
A entrada na cidade foi feita pelo famoso Muro das Lamentações (2ª foto) que, devo confessar, me desiludiu um pouco pois era bastante mais pequeno do que o imaginava. Não permaneci lá muito tempo pois incomodou-me o circo em que transformam aquilo. Não sou pessoa de grande religiosidade, mas respeito quem é e a experiência de ver pessoas completamente compenetradas em oração enquanto se ouvem dezenas de disparos de máquinas fotográficas não foi de todo confortável para mim.
É engraçado ver aqueles judeus ultra-ortodoxos com as suas roupas negras, chapéus e cabelos estranhos, mas é acima de tudo estranho pensar que se alguns já usam telemóvel, muitos há ainda que nem um jornal leram na vida quanto mais televisão ou internet.
Seguiu-se uma longa caminhada pelas sinuosas e labirínticas ruas de Jerusalém (3ª foto) atravessando os vários bairros através de ruas estreitas, passagens superiores e inferiores, entradas de templos que levam a outras ruas... É verdadeiramente fascinante toda aquele novelo de ruas que se ligam entre si e a cada esquina surge a possibilidade de darmos de frente com um monumento (a 4ª e 5ª fotos servem de exemplo) seja ele uma igreja, mesquita ou sinagoga, uma estátua ou uma simples e deliciosa rua rústica com alfarrabistas ou merceeiros.
Jerusalém, como é sabido, é o local da crucificação, morte e ascensão de Jesus Cristo e todos esses sítios podem ser visitados como uma autêntica indústria de turismo religioso. Pode tocar-se na pedra onde estava a cruz, nos pregos da mesma, pode lavar-se a pedra onde o corpo ensanguentado de Cristo esteve deitado, visitar o seu túmulo e reviver-se os últimos sofrimentos de Cristo fazendo a Via Dolorosa (há quem o faça carregando uma cruz de madeira às costas) e parando nas nove estações representativas de acontecimentos relevantes da sua caminhada (6ª foto).
A primeira paragem foi no Monte das Oliveiras para uma lindíssima vista sobre a cidade (1ª foto) com a Cúpula da Rocha em claro destaque. Facilmente se fica maravilhado com o emaranhado de casas, igrejas, mesquitas, sinagogas e outros locais de culto no interior da muralha. Jerusalém é acima de tudo uma mistura de culturas e religiões, a cidade está dividida em quatro bairros (muçulmano, cristão, judeu e arménio) e a transição entre estes é tão discreta que tão depressa estamos num como, quase sem nos apercebermos, estamos noutro.
A entrada na cidade foi feita pelo famoso Muro das Lamentações (2ª foto) que, devo confessar, me desiludiu um pouco pois era bastante mais pequeno do que o imaginava. Não permaneci lá muito tempo pois incomodou-me o circo em que transformam aquilo. Não sou pessoa de grande religiosidade, mas respeito quem é e a experiência de ver pessoas completamente compenetradas em oração enquanto se ouvem dezenas de disparos de máquinas fotográficas não foi de todo confortável para mim.
É engraçado ver aqueles judeus ultra-ortodoxos com as suas roupas negras, chapéus e cabelos estranhos, mas é acima de tudo estranho pensar que se alguns já usam telemóvel, muitos há ainda que nem um jornal leram na vida quanto mais televisão ou internet.
Seguiu-se uma longa caminhada pelas sinuosas e labirínticas ruas de Jerusalém (3ª foto) atravessando os vários bairros através de ruas estreitas, passagens superiores e inferiores, entradas de templos que levam a outras ruas... É verdadeiramente fascinante toda aquele novelo de ruas que se ligam entre si e a cada esquina surge a possibilidade de darmos de frente com um monumento (a 4ª e 5ª fotos servem de exemplo) seja ele uma igreja, mesquita ou sinagoga, uma estátua ou uma simples e deliciosa rua rústica com alfarrabistas ou merceeiros.
Jerusalém, como é sabido, é o local da crucificação, morte e ascensão de Jesus Cristo e todos esses sítios podem ser visitados como uma autêntica indústria de turismo religioso. Pode tocar-se na pedra onde estava a cruz, nos pregos da mesma, pode lavar-se a pedra onde o corpo ensanguentado de Cristo esteve deitado, visitar o seu túmulo e reviver-se os últimos sofrimentos de Cristo fazendo a Via Dolorosa (há quem o faça carregando uma cruz de madeira às costas) e parando nas nove estações representativas de acontecimentos relevantes da sua caminhada (6ª foto).
A manhã terminou com uma visita ao Cenáculo, local da Última Ceia, no Monte Sião, convertida numa mesquita pelos Otomanos algures nos meados do milénio. A essa visita seguiu-se o almoço e, logo depois era hora de passar 'o muro' para visitar a Igreja da Natividade em Belém, na Palestina.
O imponente e intimidador muro ergue-se a uma altura de 9 metros e alonga-se por uma extensão de 600 quilómetros (7ª foto), separando completamente Israel da região da Palestina. Mais uma vez o guia israelita não podia passar pelo que cabia a cada um atravessar o assustador monstro de betão. É uma experiência única, depois de passar umas portas giratórias metálicas e o muro propriamente dito surge um corredor gradeado e coberto de arame farpado (8ª foto) que tem de ser atravessado. Mais parecíamos animais a caminhar para o matadouro do que turistas.
O 'interior' do muro é bastante mais interessante do que o seu 'exterior'. As paredes do lado da palestiniano do muro estão recheadas de mensagens de liberdade e inconformismo (9ª e 10ª fotos). Artistas conhecidos como Roger Waters ou Banksy já lá deixaram a sua marca e podem ler-se palavras de ordem como "Fear builds walls, love builds bridges" com imagens representativas ou citações da magnífica obra dos Pink Floyd 'The Wall'. É deveras inspirador ver que nem todos se conformam face a uma atrocidade daquelas dimensões.
À passagem do muro nota-se claramente que chegamos a um outro sítio, o aspecto das ruas é logo outro, tudo é muito menos cuidado do lado da Palestina. Compreende-se.
Em Belém o que há para visitar é a Igreja da Natividade (10ª e 11ª fotos) e foi o regresso da indústria de turismo religioso. Demoradas filas para descer ao local onde antes estivera o celeiro onde nasceu Cristo (pois entretanto foi construído um templo sobre ele) e tocar na estrela que marca o local exacto do seu nascimento ou para ver o local onde antes estivera manjedoura onde foi deitado após o nascimento.
Após tudo isto era hora de atravessar novamente o muro regressando assim a Israel para iniciar o caminho de volta ao Egipto. Repetem-se as formalidades fronteiriças e dito isto, resta acrescentar que Jerusalém foi uma cidade que me surpreendeu pela positiva. Fiquei verdadeiramente fascinado pelo seu encanto e pelo ambiente de História que se respira por todo o lado. É sem sombra de dúvidas uma cidade que gostaria de poder visitar com mais calma e assim desfrutar dela como ela merece.
13bly
O 'interior' do muro é bastante mais interessante do que o seu 'exterior'. As paredes do lado da palestiniano do muro estão recheadas de mensagens de liberdade e inconformismo (9ª e 10ª fotos). Artistas conhecidos como Roger Waters ou Banksy já lá deixaram a sua marca e podem ler-se palavras de ordem como "Fear builds walls, love builds bridges" com imagens representativas ou citações da magnífica obra dos Pink Floyd 'The Wall'. É deveras inspirador ver que nem todos se conformam face a uma atrocidade daquelas dimensões.
À passagem do muro nota-se claramente que chegamos a um outro sítio, o aspecto das ruas é logo outro, tudo é muito menos cuidado do lado da Palestina. Compreende-se.
Em Belém o que há para visitar é a Igreja da Natividade (10ª e 11ª fotos) e foi o regresso da indústria de turismo religioso. Demoradas filas para descer ao local onde antes estivera o celeiro onde nasceu Cristo (pois entretanto foi construído um templo sobre ele) e tocar na estrela que marca o local exacto do seu nascimento ou para ver o local onde antes estivera manjedoura onde foi deitado após o nascimento.
Após tudo isto era hora de atravessar novamente o muro regressando assim a Israel para iniciar o caminho de volta ao Egipto. Repetem-se as formalidades fronteiriças e dito isto, resta acrescentar que Jerusalém foi uma cidade que me surpreendeu pela positiva. Fiquei verdadeiramente fascinado pelo seu encanto e pelo ambiente de História que se respira por todo o lado. É sem sombra de dúvidas uma cidade que gostaria de poder visitar com mais calma e assim desfrutar dela como ela merece.
FIM
(e neste post abusei um bocadinho)
(e neste post abusei um bocadinho)
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