Estas férias a literatura saiu privilegiada e ocupei bastante do meu tempo com bons livros muito.
Poderia fazer um post individual com com cada uma destas obras. De certeza que não me faltaria assunto mas, em jeito de resumo, vou deixar apenas uns apontamentos curtos sobre os livros que li.
Poderia fazer um post individual com com cada uma destas obras. De certeza que não me faltaria assunto mas, em jeito de resumo, vou deixar apenas uns apontamentos curtos sobre os livros que li.
Depois de ter gostado de mil novecentos e oitenta e quatro como gostei não podia deixar de ler aquela que é outra das obras mais aclamadas de George Orwell. O Triunfo dos Porcos (ou Animal Farm na versão original conforme eu li) conta a história dos animais de uma quinta que se revoltam contra o 'regime tirano do Homem'.
O enquadramento histórico tem nesta obra uma grande importância nesta obra pois, como o próprio autor a caracterizou, Animal Farm é um romance 'contre Staline' e, dito isto, não é nada difícil fazer o paralelismo entre a Quinta Animal (como foi baptizada após a revolução) e a União Soviética de Staline.
Os porcos foram os mentores da revolução, mas estes rapidamente se viram corrompidos pelo poder (pois, por serem os mais inteligentes ficaram também na administração da quinta) e começaram a deturpar os valores de igualdade que inicialmente defendiam para benefício próprio. O regime comunista inicialmente idealizado transforma-se então numa espécie de ditadura autoritária na qual os intervenientes vão sendo sucessivamente manipulados.
A história é contada ao estilo de uma fábula (ou não fossem quase todos os personagens animais) e cada animal corresponde a uma classe politico-social (essa correspondência pode ser consultada em detalhe aqui). Isto, aliado à actualidade da obra, faz de Animal Farm uma acutilante caricatura social carregada de significâncias políticas.
É um livro de grande importância na História pois influenciou a forma de pensar ocidental e a sua forma de encarar a guerra. Muitos líderes, generais ou estrategas famosos tomaram decisões importantes sob influência dos ensinamentos de Sun Tzu.
A Arte da Guerra é pequeno e de leitura fácil, pois para além da divisão nos 13 capítulos, estes estão escrito por pontos, cada um deles representando um conselho a seguir. É portanto uma obra de leitura obrigatória e cujos ensinamentos devem ser acatados.
William Blake disse: "If the doors of perception were cleansed every thing would appear to man as it is, infinite.", Aldous Huxley ficou curioso e experimentou mescalina, Jim Morrison (e muitos outros dessa geração) inspirou-se e nasceram os The Doors.
Foi mais ou menos esta cadeia de acontecimentos que me despertou a curiosidade de ler As Portas da Percepção. Os 'Doors' são uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos e portanto seria indispensável conhecer as suas origens.
Aldous Huxley, nascido a 1894, foi um notável escritor e académico inglês e é considerado como que o pai de toda uma cultura psicadélica e geração de beatnicks. Este acreditava nos benefícios espirituais do consumo de mescalina e a determinada altura da sua vida surgiu-lhe a oportunidade de consumi-la num ambiente controlado com a presença de um psicólogo. As Portas da Percepção não é mais que o registo das sensações e experiências vividas nessa sessão.
Céu e Inferno, é uma outra obra de Huxley habitualmente editada em conjunto com As Portas da Percepção dada a temática comum. Esta segunda obra dedicada à mescalina é um ensaio ou uma dissertação filosófica que relaciona as visões frequentes do consumo das drogas psicotrópicas com uma experiência mística e espiritual. Ele defende que o consumo dessas drogas pode possibilitar a exploração daquilo a que ele chama 'os antípodas da mente' (as regiões inexploradas).
Neste fascinante ensaio são abordados temas desde a arte à religião e compara os efeitos do consumo da mescalina com o jejum, a auto-flagelação, o ioga, a adrenalina ou qualquer outro factor capaz de modificar a percepção do ser humano. Acaba por ser irónico que eu tenha comprado este livro com a ambição de ler As Portas da Percepção e tenha acabado a gostar mais de Céu e Inferno.
É de louvar a capacidade que Saramago demonstra de se transformar de uma forma tão radical, especialmente dado o precário estado da sua saúde aquando da escrita desta obra. É certo que a crítica ao ser humano não é posta de lado, mas a sua abordagem é muito mais ligeira.
Confesso estar ansioso por ler uma terceira (e talvez mais) obra de Saramago para poder confirmar, não a sua qualidade que essa é inegável, mas a sua versatilidade como escritor.
Segue-se A Luz de Stephen King (também conhecido como The Shining)