Por motivos especiais saltei à frente quatro filmes nesta série e vi The Last Days, um documentário de 1998 sobre os horrores do holocausto e dos campos de concentração da II Guerra Mundial. Esta produção foi apoiada por Steven Spielberg e pela Shoah Foundation (que ele próprio havia fundado anos antes quando concluiu o aclamado Schindler's List) e acabou por vencer o Oscar de Melhor Documentário nesse ano.
Qualquer documentário beneficia fortemente quando a história pode ser contada na primeira pessoa. The Last Days é um desses casos pois conta com o testemunho de cinco sobreviventes que, a muito custo, relatam os terríveis eventos pelos quais passaram na década de 40. Esses sobreviventes são ainda levados a revisitar as suas terras natais e os vários locais para onde os nazis os levaram incluindo o infame campo de concentração de Auschwitz.
Todos os relatos são emocionantes sem chegarem a ser lamechas - são sentidos. Mas o mais inspirador é que, apesar de alguns acessos pontuais de lágrimas, qualquer dos sobreviventes narra a sua história com uma clareza e precisão impressionantes.
O destaque vai obviamente para os cinco sobreviventes, mas The Last Days conta ainda com a participação de alguns soldados americanos que pertenceram ao destacamento que libertou o campo de Dachau, um soldado nazi encarregue de recolher os corpos das câmaras de gás em Auschwitz e um médico que trabalhou nesse mesmo campo a fazer experiências com as mulheres. Estes trazem testemunhos que são também intensos e carregados de emoção vindo, quase sempre, confirmar o que os sobreviventes já tinham dito.
O Holocausto é uma "história" que, melhor ou pior, já todos conhecemos mas, quando é contada por alguém que viveu realmente a situação, todo o sentimento de revolta parece aguçar-se. Para além disso, o documentário é acompanhado por imagens de arquivo que vão ilustrando o que os sobreviventes contam. Muitas das imagens são, como seria de esperar, chocantes.
Talvez seja essa a única forma de contar uma história tão horrível e no fundo é isso mesmo que The Last Days faz - conta uma história na primeira pessoa de forma emocionante e emocionada. Quando assim é, tudo parece bater com mais força. É, sem dúvida, um excelente documentário.
Todos os relatos são emocionantes sem chegarem a ser lamechas - são sentidos. Mas o mais inspirador é que, apesar de alguns acessos pontuais de lágrimas, qualquer dos sobreviventes narra a sua história com uma clareza e precisão impressionantes.
O destaque vai obviamente para os cinco sobreviventes, mas The Last Days conta ainda com a participação de alguns soldados americanos que pertenceram ao destacamento que libertou o campo de Dachau, um soldado nazi encarregue de recolher os corpos das câmaras de gás em Auschwitz e um médico que trabalhou nesse mesmo campo a fazer experiências com as mulheres. Estes trazem testemunhos que são também intensos e carregados de emoção vindo, quase sempre, confirmar o que os sobreviventes já tinham dito.
O Holocausto é uma "história" que, melhor ou pior, já todos conhecemos mas, quando é contada por alguém que viveu realmente a situação, todo o sentimento de revolta parece aguçar-se. Para além disso, o documentário é acompanhado por imagens de arquivo que vão ilustrando o que os sobreviventes contam. Muitas das imagens são, como seria de esperar, chocantes.
Talvez seja essa a única forma de contar uma história tão horrível e no fundo é isso mesmo que The Last Days faz - conta uma história na primeira pessoa de forma emocionante e emocionada. Quando assim é, tudo parece bater com mais força. É, sem dúvida, um excelente documentário.
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