Wednesday, June 2, 2010

Caribou - Um vício que é virtude

O novo álbum de Caribou já foi editado em Abril deste ano, mas ainda não consegui deixar de o ouvir. Swim é um vício desde o primeiro minuto mas, felizmente não irei a precisar de clínicas de desintoxicação ou de reuniões de Swimólicos Anónimos pois este é um vício sem quaisquer malefícios que tenho abraçado com todo o prazer.
Há quem diga, com muita razão, que Swim flui como água, o seu nome indicia isso mesmo e era essa a intenção de Daniel Snaith. Dificilmente alguém poderá dizer que o objectivo não foi brilhantemente alcançado.
A abertura de Swim é absolutamente arrasadora - uma Odessa bem orelhuda seguida pelo psicadelismo de Sun são suficientes para deixar qualquer um agarrado - mas o melhor é que, daí para a frente, o nível do disco não desce. Cada música de Swim é um misto equilibrado de descoberta/estranheza com uma sensação inesperada de conforto.
Umas vezes piscando o olho a ritmos dançáveis e contagiantes, outras mergulhando em psicadelismos meticulosamente trabalhados, Daniel Snaith construiu com Swim uma nova faceta da sua música. A evolução na música de Caribou tem, aliás, sido notável em todos os seus trabalhos. De The Milk of Human Kindness (2005) para Andorra (2007), o som ficou mais robusto e de Andorra (2007) para Swim (2010) a electrónica fica bem reforçada.

Depois de em 2008 ter assistido ao seu quase mágico concerto no after-hours de Paredes de Coura - então a apresentar Andorra (2007) - aguardo uma nova oportunidade de ver Daniel Snaith em palco e , desta vez ouvir como soa Swim ao vivo.
fotografias (dica de António Pedro Reis do Barulho Esquisito)
Caribou @ Casbah, San Diego (20/05/10)
Charles Taylor Bergquist
mais fotografias fantásticas aqui
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