Raramente ouço rádio. Admito que ainda haja programas bons(nomeadamente alguns de autor ou temáticos) mas, de uma forma geral já há muito que perdi a pachorra para 'esta rádio de hoje'. Como tenho leitor de CDs no carro é quase sempre essa a minha opção porque, para além de as rádios (generalistas) em geral raramente irem de encontro ao meu gosto (mas quanto a isso não há nada a fazer) enerva-me que quando se tem de fazer uma viagem um bocado mais longa se ouça a mesma música umas três vezes num espaço relativamente curto de tempo. É mesmo que se mude de frequência, as playlist são quase iguais (a menos que se escolha alguma estação temática).
Em geral não há nada minimamente surpreendente. Ouvir rádio não é excitante ou estimulante, é apenas um ruído de fundo para que, no trabalho ou no carro, não se ouça apenas o som repetitivo do motor ou do teclado.
É mesmo isto que o povo quer? É disto que gosta? Muitas vezes a campanha de promoção de uma música é tão agressiva que ela é praticamente enfiada à bruta na cabeça dos ouvintes que não têm outra escolha senão gostar dela. Eu até compreendo o sucesso das pimbalhadas à portuguesa (compreensão que - nunca é demais dizer - saiu reforçada depois de ver a reportagem Discos Pedidos), as pessoas identificam-se com elas, mas há coisas que realmente não me entram na cabeça. Estarei a ficar velho? Não acompanhei a evolução das massas? Algo que não sei explicar deve ter corrido muito mal... Enfim, haja paciência e o mp3 sempre por perto.
13bly