XXXIII Fotograma

FIGHT CLUB (1999) 13bly

epipháneia xi

epifania
(grego epipháneia, -as, aparição, manifestação)
s. f.

1. Relig. Manifestação de Jesus aos gentios, nomeadamente aos Reis Magos.

2. Relig. Festa religiosa cristã que celebra essa manifestação. = dia de Reis

3. Qualquer representação artística dessa manifestação.

4. Relig. Aparecimento ou manifestação divina.

5. Apreensão, geralmente inesperada, do significado de algo.

A noite de Sábado (ou deverei dizer madrugada de Domingo?) já ia avançada, a hora tinha acabado de mudar e eu regressava a casa depois de um maravilhoso concerto dos Low no Festival Para Gente Sentada. Na rádio (RUM, claro) surge Terrible Angels. As irmãs Casady têm o curioso hábito de se entranharem nos momentos mais inesperados e este foi seguramente um deles. A estranheza inicial provocada pelos ruídos que se ouvem na música é mais tarde suplantada pela voz frágil de Bianca Casady e por uma melodia doce. Terrible Angels soube a mel e, naquele momento, fiquei a pensar no quão bem ficaria um nome como o das CocoRosie no cartaz do Festival Para Gente Sentada.

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PA' • Festival Para Gente Sentada

DIA 1 | DIA 2

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mixtape número cento e seis

Beck - Walls Grimes - Vanessa Leonard Cohen - Amen Low - You See Everything Lula Pena - Acto VII Norah Jones - Bessie Smith (live) Tindersticks - Slippin' Shoes The Verve - The Drugs Don't Work

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Audiovisual XIV - Capture the Can

Se o paintball fosse um jogo online seria muito como neste vídeo impressionante. Capture the Can corresponde a dois minutos de puro espectáculo visual que, para ser bem digerido, requer três visualizações de seguida. "Então porquê?", perguntam vocês. A primeira é por puro deslumbramento, a segunda por nos apercebermos que se trata de um único take (embora na verdade isso seja apenas uma ilusão) e, por fim, uma terceira visualização para prestar atenção à conversa na chatbox.

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Brevemente • Norah Jones - Little Broken Hearts

LITTLE BROKEN HEARTS NORAH JONES 1 - Good Morning 2 - Say Goodbye 3 - Little Broken Hearts 4 - She's 22 5 - Take it Back 6 - After the Fall 7 - 4 Broken Hearts 8 - Travelin' On 9 - Out on the Road 10 - Happy Pills 11 - Miriam 12 - All a Dream

Longe vão os tempos da Norah Jones de Come Away With Me (2002). Desde então, ao integrar cada vez mais elementos folk e country na sua música, esta doce da norte-americana tem vindo a colocar menos ênfase no jazz e no blues que, na década passada, lhe lançaram a carreira. Devo, no entanto, ressalvar que não digo isto por saudosismo (vá... confesso que talvez um bocadinho) uma vez que esta progressão não tem sido, afinal, uma coisa má - a força sucessivamente maior com que Norah Jones tem abraçado o mundo da pop assenta-lhe muitíssimo bem.




De Little Broken Hearts conhece-se já o alinhamento, a capa (um piscar de olhos nada discreto a Mudhoney - filme 1965 de Russ Meyer) e dois temas. Os orelhudos 'na-na-na-na's de Happy Pills foram, há cerca de um mês, o cartão de visita para este novo trabalho e agora, com Travelin' On, a sedutora voz quente de Norah Jones volta a fazer das suas no bonito tom intimista que se pode ouvir acima.

Little Broken Hearts estará nas lojas a 1 de Maio. Que comece a espera!

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Hey Jane, a Primavera chegou!

O

Sweet Heart Sweet Light é o novo álbum que Jason Pierce, com os seus Spiritualized, irá apresentar em Junho, no Optimus Primavera Sound. Esta espécie de curta metragem não aconselhável a menores de idade é o arrojado vídeo de apresentação de Hey Jane - o primeiro single a extrair desse disco. Diz Jason que este trabalho é parcialmente inspirado na experiência de tocar na íntegra o histórico Ladies and Gentleman We're Floating in Space (1997) - só pode vir coisa boa. Bem-vindo(a) Primavera!

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mixtape número cento e cinco

Dirty Three - That Was Was Hanni el Khatib - Dead Wrong The Jon Spencer Blues Explosion - Sweat Russian Red - Everyday, Everynight Sérgio Godinho - Eu Vou a Jogo Sigur Rós - Sæglópur (live) Thurston Moore - Fri/End Tindersticks - This Fire of Autumn

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PA' • Dirty Three - Toward the Low Sun

Sete anos depois, os Dirty Three mostram que ainda sabem desenhar discos de beleza nostálgica e pura.

Vindos de Melbourne, no outro lado do planeta, os Dirty Three são autênticos escultores de paisagens sonoras e emocionais. Cada álbum que deitam cá para fora funciona como uma espécie de guia Michelin que direcciona o leitor para os melhores miradouros do mundo com vistas de suster a respiração.

Pores-do-sol acolhedores e céus estrelados sobre terrenos estéreis são alguns dos cenários abundam no imaginário dos Dirty Three e, em particular, neste Toward the Low Sun. Sete anos depois da discreta aproximação à pop que foi Cinder (2005), este álbum marca o regresso ao estúdio do trio australiano e marca também um novo afastamento dessa estrutura de canção mais convencional.

O caos turbulento com que Furnace Skies abre o disco não poderia tornar mais evidente essa libertação estrutural. Nela só o violino de Warren Ellis parece chorar com nostalgia enquanto Mick Turner e Jim White (na guitarra e bateria, respectivamente) exorcizam o passado recente com um sentimento de urgência. Mas nem só de tempestade vive Toward the Low Sun.

Depois do esconjuro inicial, as coisas abrandam de ritmo e tornam-se menos avassaladoras e mais introspectivas. É com as bonitas melodias de Moon On The Land, The Pier e Ashen Snow que os Dirty Three provam que nestes sete anos de ‘inactividade’ não desaprenderam a sua arte, nem perderam aquela identidade que é tão deles.

Em tempos idos, alguém disse que música tanto é o som produzido por instrumentos, como o silêncio entre as notas musicais. Os Dirty Three acreditam nessa filosofia e prova disso é Rain Song que, qual peça frágil de porcelana, qual bonsai melindrosa, é de uma delicadeza tal que quase sussurra um pedido de autorização para se fazer ouvir. Como contrapeso para toda essa suavidade (e, curiosamente, logo de seguida no alinhamento), Toward the Low Sun apresenta a intensidade de That Was Was, um dos melhores temas do disco, que parece saída directamente de Zuma (1975) – um dos (muitos) grandes álbuns de Neil Young – e que deixa a claro a influência do músico canadiano sobre o trio.

Embora não possuam a emoção galopante de Horse Stories (1996) ou o embalo profundamente meditativo de Ocean Songs (1998), as paisagens de Towards the Low Sun são ainda assim belíssimas e merecem (e devem) ser contempladas com devoção vezes e vezes sem conta.

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#§&#%!!!! - The Jon Spencer Blues Explosion @ Hard Club, Porto (14/03/2012)

Se há uma palavra que pode caracterizar bem a música e energia de Jon Spencer essa palavra é mesmo 'explosão'. Blues Explosion é portanto um nome que, usando linguagem popular, faz a bota bater com a perdigota. Condenado por muitos pela sua abordagem não convencional ao blues mas enaltecido por outros tantos pela sua perspectiva inovadora, Jon Spencer desconstruiu um género e foi pioneiro nestas lides do 'blues-rock-javardo-a-rasgar' abrindo caminho para bandas como os White Stripes ou, porque não?, os Black Keys.
Aquilo a que se assistiu no Porto foi um concerto avassalador. Jon Spencer (com as suas melhores calças de cabedal), Judah Bauer e Russell Simins transportaram simultâneamente os estandartes do blues e do punk (embora o do blues tenha sido, infelizmente, relegado para segundo plano). Simplesmente imparáveis e, quase sem paragens para respirar, o trio despejou continuamente a sua electricidade suja sobre o público do Hard Club como se um tornado, ou melhor, uma explosão electrizante tivesse atingido o Porto.

Não há muitas bandas capazes de imprimir um ritmo tão acelerado e intenso durante todo o espectáculo. Sete anos depois da última actuação em Portugal, os Blues Explosion provaram uma vez mais e de forma categórica que ainda são uma delas.

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Audiovisual XIII - Montanha russa musical

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Sónico - Thurston Moore @ CCVF, Guimarães (11/03/2012)

Os Sonic Youth podem até ter acabado mas Thurston Moore, esse continua aí para as curvas. E desengane-se quem, pegando no seu mais recente álbum, pensou que este veterano já tinha levantado o pé do acelerador - aos 53 anos Thurston Moore ainda sabe rockar. Demolished Thoughts (2011) é o terceiro disco propriamente dito de Moore (se ignorarmos claro, os de Sonic Youth, as colaborações com mil e um artistas, os projectos experimentais, as edições de improviso,as bandas sonoras ou os discos ao vivo) e explora uma faceta mais melódica e delicada da sua personalidade.

Quando as luzes se apagaram no Grande Auditório do C.C. Vila Flor o entusiasmo da plateia era quase palpável. Não era caso para menos, Thurston Moore é uma espécie de lenda viva. Foi então sobre fortes aplausos, assobios acalorados, uivos e outras coisas estranhas que Moore subiu ao palco. Com ele trazia três outros músicos que o iriam acompanhar neste concerto (uma violinista, um baterista e um guitarrista) - os Good Love como Moore os baptizou em cima do joelho depois de uma brincadeira com o público.

Fui para este concerto com algum 'medo' do que aí viria. Confiava em Thurston Moore, claro, mas por vezes sinto que Demolished Thoughts é algo aborrecido e sem chama. As minhas preocupações acabaram por se revelar infundadas e Moore deu facilmente a volta à situação. Ao misturar (e bem) muitos temas de trabalhos anteriores (Queen Bee and Her Pals, Fri/End, Feathers, American Coffin...) com algumas músicas do disco novo e inserindo, como não podia deixar de ser, longas jams carregadas de distorção e feedback controlado, as quase duas horas de espectáculo acabaram por parecer curtas. Foi efectivamente o melhor de dois mundos num concerto que poucos esquecerão.

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mixtape número cento e quatro

The Jon Spencer Blues Explosion - Bellbottoms King Krule - The Noose of Jah City Low - California Russian Red - Fuerteventura (acoustic) Sérgio Godinho - O Acesso Bloqueado St. Vincent - Your Lips Are Red Thurston Moore - January Tindersticks - Show Me Everything

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Brevemente • Patrick Watson - Adventures in Your Own Backyard

ADVENTURES IN YOUR OWN BACKYARD PATRICK WATSON 1 - Lighthouse 2 - Blackwind 3 - Step Out For A While 4 - The Quiet Crowd 5 - Into Giants 6 - Morning Sheets 7 - Words In The Fire 8 - The Things You Do 9 - Strange Crooked Road 10 - Noisy Sunday 11 - Adventures In Your Own Backyard 12 - Swimming Pools

Abril é o mês apontado para o lançamento de Adventures in Your Own Backyard, o quarto álbum de originais de Patrick Watson enquanto banda. Into Giants, a primeira faixa oficial a ser divulgada será o primeiro single daquele que é para mim um dos álbuns mais aguardados do ano.



Recordo-me agora que, no ano passado, aquando do sublime concerto que Patrick Watson deu no Porto fiquei entusiasmado com a pequena amostra de trabalho novo com que o músico canadiano presenteou o público (se a memória não me atraiçoa penso ter tocado pelo menos Blackwind). Está quase na hora de tirar as teimas e confirmar se de facto Patrick Watson consegue lançar mais um bom disco. Eu cá desconfio que sim.

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avulso - save me from what I want

ST. VINCENT / ANNIE CLARK | Vodafone Mexefest | Coliseu do Porto | 2 de Março de 2012

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Inverter tendências

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Vox Populi

People are taking the piss out of you everyday. They butt into your life, take a cheap shot at you and then disappear. They leer at you from tall buildings and make you feel small. They make flippant comments from buses that imply you're not sexy enough and that all the fun is happening somewhere else. They are on TV making your girlfriend feel inadequate. They have access to the most sophisticated technology the world has ever seen and they bully you with it. They are "The Advertisers" and they are laughing at you.

You, however, are forbidden to touch them. Trademarks, intellectual property rights and copyright law mean advertisers can say what they like wherever they like with total impunity.
Fuck that. Any advert in a public space that gives you no choice whether you see it or not is yours. It's yours to take, re-arrange and re-use. You can do whatever you like with it. Asking for permission is like asking to keep a rock someone just threw at your head.

You owe the companies nothing. Less than nothing, you especially don't owe them any courtesy. They owe you. They have re-arranged the world to put themselves in front of you. They never asked for your permission, don't even start asking for theirs.

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O Mexefest e o Ponto Alternativo (ou vice-versa)

"O Ponto Alternativo é um espaço de quem gosta de música para quem gosta de música." Se até aqui apenas fazia parte do segundo grupo referido na frase acima, desde sexta feira que integro também a primeira metade da equação. Com a cobertura ao Festival Mexefest iniciei uma colaboração com a webzine Ponto Alternativo, colaboração essa que se espera proveitosa para as duas partes. Obrigado PA!

REPORTAGEM PONTO ALTERNATIVO DIA 1 DIA 2

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mixtape número cento e três

The Dø - Tammie Josh Rouse - Oh, Look at What the Sun Did! Hanni el Khatib - Wait Wait Wait Niki & the Dove - The Fox Norton - Two Points Russian Red - I Hate You But I Love You St. Vincent - Strange Mercy Supernada - Arte Quis Ser Vida

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Até logo, Lourdes! Até logo, Annie!

Russian Red 23h25 @ Ateneu Comercial do Porto

St. Vincent 00h30 @ Coliseu do Porto

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(X por Y)^36 - Wilco the Sailor Men

This collaboration with King Features presents
the first hand-drawn Popeye cartoon in more than 30 years.

X		Y
WILCO Dawned On Me	por	POPEYE Animação Clássica

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