Já aqui referi a excelente selecção de DVDs que constitui a segunda série de DVDs do Público/Ípsilon. Uma vez que, de toda a colecção apenas havia visto o Juno, decidi tentar acompanhar os lançamentos e fazer uma pequena crítica semanal a cada um dos filmes.
Passando à frente Juno, cuja crítica pode ser encontrada aqui, esta semana é a vez de Control.
Passando à frente Juno, cuja crítica pode ser encontrada aqui, esta semana é a vez de Control.
Control é um bio-pic de Ian Curtis, o icónico vocalista dos Joy Division. A realização coube a Anton Corbijn (que não é de todo um estranho nas lides musicais) e o argumento foi adaptado de "Touching from a Distance", livro escrito pela própria viúva de Curtis (que também esteve envolvida na produção).
Se há uma coisa que, para além da música, se destaca em Control, eu diria que é a estética. O preto e branco parecia quase inevitável para um filme sobre os Joy Division, mas fiquei largamente surpreendido com a 'limpeza' das imagens. Cada plano é muito preciso e a imagem bem definida... não sei bem explicar, mas acredito que quem vir o filme irá perceber o que quero dizer. Talvez pelo realizador ser também fotógrafo, todo o filme se assemelhe a uma bem exposta fotografia a preto e branco.
Outra coisa que achei interessante foi que, ao longo do filme, houve um notável cuidado em manter um equilíbrio entre a vida pessoal e amorosa de Curtis, a sua carreira musical e respectivo processo criativo e ainda, a sua luta interior contra a doença que o assombrava. Isto é nem sempre é conseguido em filmes biográficos que, muitas vezes, se centram num único aspecto da personalidade que pretendem retratar.
Não me considero um fã de Joy Division (o filme modificou um pouco isso). Sempre foi uma daquelas bandas aclamadas com a qual não conseguia estabelecer grande ligação e por isso mesmo nunca me interessei muito por eles e pela sua história.
Assim, quase tudo neste filme, com excepção do desfecho trágico, foi novidade para mim e fiquei surpreendido com a simplicidade da vida de Curtis. Sim, ele tem aquela aura de génio atormentado (e era mesmo), mas não mostrava aqueles grandes excessos que estamos habituados a ver em estrelas musicais. É certo que a carreira musical dos Joy Division acabou precocemente e antes ainda do reconhecimento global (Curtis suicidou-se antes da tour Norte Americana), no entanto é quase estranha a 'banalidade' da sua vida.
Ironicamente, como acontece quase sempre, o suicídio de Curtis imortalizou-o e criou todo um mito à volta dos Joy Division, que com "Love Will Tear Us Apart" (publicada postumamente) atingiram o seu maior sucesso.
Outra coisa que achei interessante foi que, ao longo do filme, houve um notável cuidado em manter um equilíbrio entre a vida pessoal e amorosa de Curtis, a sua carreira musical e respectivo processo criativo e ainda, a sua luta interior contra a doença que o assombrava. Isto é nem sempre é conseguido em filmes biográficos que, muitas vezes, se centram num único aspecto da personalidade que pretendem retratar.
Assim, quase tudo neste filme, com excepção do desfecho trágico, foi novidade para mim e fiquei surpreendido com a simplicidade da vida de Curtis. Sim, ele tem aquela aura de génio atormentado (e era mesmo), mas não mostrava aqueles grandes excessos que estamos habituados a ver em estrelas musicais. É certo que a carreira musical dos Joy Division acabou precocemente e antes ainda do reconhecimento global (Curtis suicidou-se antes da tour Norte Americana), no entanto é quase estranha a 'banalidade' da sua vida.
Ironicamente, como acontece quase sempre, o suicídio de Curtis imortalizou-o e criou todo um mito à volta dos Joy Division, que com "Love Will Tear Us Apart" (publicada postumamente) atingiram o seu maior sucesso.
Para a semana: About Schmidt
13bly