Sunday, February 28, 2010

(X por Y)^16


(Clicar na imagem para ver fotografia original)
X= The Dali Atomicus (fotografia de Philippe Halsman) ; Y= Lego

13bly

Saturday, February 27, 2010

Friday, February 26, 2010

Série Ípsilon V - Mon Oncle

O quinto filme desta série Ípsilon é Mon Oncle, um clássico de 1958 que é também primeiro filme a cores do cineasta e actor francês Jacques Tati. Como é seu hábito, Tati não se fica pela cadeira de realizador e ocupa o lugar de protagonista desempenhando o caricato Monsieur Hulot, o tio solteiro e algo despassarado do jovem Gerard (e daí o título do filme).

Mon Oncle passa-se numa França de pós-guerra em plena recuperação económica e, portanto, para a classe alta, muito fixada em ostentação de riqueza. Ao longo de Mon Oncle, Tati caricaturiza essa classe social criando, com pequenos e subtis pormenores uma sátira deliciosamente divertida.

A família Arpel acaba de se mudar para uma nova casa - arquitectura, mobília e decoração modernos, utensílios topo de gama, jardim impecável e ambiente quase esterilizado. Monsieur e Madame Arpel estão obcecados com a sua nova casa e vivem um quotidiano de eficiência e dedicação, respectivamente ao trabalho e à casa enquanto Gérard, o petiz da família, morre de tédio. Monsieur Hulot, é 'o tio excêntrico' - uma espécie de bóia de salvação para Gérard que o leva a passear sempre que pode.


Mon Oncle é como que uma comédia muda. Os diálogos são escassos e, quando os há, as vozes são algo abafadas pelo som ambiente, as expressões, por vezes são algo exageradas e os momentos humorísticos advém de situações caricatas. Os instantes os passados na cozinha quando M. Hulot apenas procura um copo são um dos muitos que, ao longo do filme, asseguram saudáveis e espontâneas risadas.
Para além do humor simples e subtil, mas ao mesmo tempo fortemente satírico, Mon Oncle conta com um visual fantástico - a fotografia é um deleite para os olhos. Desde as cenas com o trânsito a fluir até às sequências de M. Hulot a entrar ou sair de sua casa demonstram uma sensibilidade e preocupação enormes para com o aspecto do produto final fazendo da fotografia um dos pontos altos do filme.

Este foi até agora o filme sobre o qual menos sabia e portanto também não possuía qualquer expectativa ou "pré-conceito". Não tenho dúvidas de que isso acabou por beneficiar a minha opinião mas independentemente disso, Mon Oncle tem um estatudo de clássico e por bons motivos. Mais do que um filme, Jacques Tati criou uma obra de arte.

13bly

Wednesday, February 24, 2010

Estou quase a sair duma e já me meti noutra...

... mas esta é 'mais a sério'!


Começou a votação para a segunda edição dos Super Blog Awards da Super Bock (estimada marca de cerveja de tantos portugueses). O 13bly está na corrida para a categoria de Cultura e Lazer. Porquê? Porque isto não é exclusivamente um blog de música, nem de cinema, nem de arte, nem de... é tudo misturado.
Desta vez apenas se pode votar uma vez e é necessário criar um registo portanto de pouco me vale ter amigos com pachorra para votar muitas vezes. É ver no que dá.
Cliquem na imagem para votar.

13bly

Tuesday, February 23, 2010

Meia hora bem passada

A internet abriu portas a todo um universo de criadores caseiros que, agora, possuem os meios para dar asas à sua imaginação e difundir o seu trabalho rapidamente. Se isso tem produzido material de muita qualidade, também tem trazido à luz um sem número de trabalhos medíocres tornando difícil uma filtragem eficaz.
Isso é sentido nos diversos campos criativos, mas um dos mais notáveis é, para mim, o mundo das curtas metragens de animação. Com a actual facilidade de acesso a softwares 3D, há quase uma infinidade de curtas deste tipo mas só algumas valem de facto os minutos que se perdem a vê-las.

Já aqui destaquei La Maison des Petits Cubes (vencedor do Oscar na categoria correspondente em 2009) e The Cat Piano (com a participação de Nick Cave), duas fantásticas curtas metragens deste género. Já falei ainda em Destino (apesar de esta já não ser propriamente da 'nova geração') e, com este post, apresento mais duas.

SKHIZEIN
Aqui | Duração: 13 mins.

Como será viver 91 cm à direita de nós próprios? Será, no mínimo estranho e de difícil habituação. Em Skhizein é isso que acontece ao protagonista (sem nome) após ser atingido por um meteorito. A vida dele nunca mais foi igual e até as tarefas mais básicas requerem um grande grau de concentração. Solução: riscar o apartamento todo com giz recriando a mobília e decoração 91 cm à direita deles próprios.
Esta é uma situação tão bizarra que, combinada com a deliciosa estética do filme cria uma das curtas de animação mais divertidas e interessantes alguma vez criadas.


LOGORAMA
Aqui | Duração: 16 mins.

Imaginam um mundo feito de logótipos? Deduzo que sim, afinal o nosso mundo não anda muito longe disso de tão bombardeados que somos por publicidade em todo o lado. Logorama é uma espécie de crítica levada ao extremo onde tudo, repito, TUDO é constituído por logótipos de conhecidas marcas comerciais.
Os ínfimos pormenores desta curta são tão impressionantes que quase posso afirmar que qualquer elemento, por mais insignificante que seja corresponde ao logótipo de alguma empresa (ao todo foram utilizadas mais de 2.500 marcas apesar de não conhecer muitas delas). Mesmo que não tenham 16 minutos para dispensar, vale bem a pena perder dois ou três a avançar cenas aleatoriamente só para ter uma noção do mundo aqui recriado.

13bly

Monday, February 22, 2010

"Uma sociedade que não derrama lágrimas é inconcebivelmente medíocre"

Talvez tenha sido isso que Vinicius Gageiro Marques - nome artístico Yoñlu, natural de Porto Alegre, Brasil - quis transmitir com a sua música e atitude para com a vida (e a morte). Não tenho qualquer problema em afirmar convictamente que Yoñlu é um dos mais brilhantes exemplos do talento que reside nesta geração de 'músicos de trazer por casa' que utilizam a internet para difundir a sua obra. Afirmo, também convictamente, que acredito que Yoñlu seria hoje um caso de sucesso se não tivesse decidido por um termo à sua própria vida em 2006. Tinha 16 anos.
A Society In Which No Tear Is Shed Is Inconceivably Mediocre é o nome do disco, editado a título póstumo, que reúne algumas das centenas de músicas que povoavam o seu portátil.

A sua música é difícil de caracterizar, ora cantada em inglês ora em português do Brasil, nela encontram-se influências de bossa nova e toques de electrónica, faixas acústicas com letras comoventes em contraste com instrumentais totalmente sintéticos, momentos mais lo-fi contra melodias pop quase perfeitas... O tom é, geralmente, de uma melancolia quase deprimente (que devia ir de encontro ao seu estado de espírito), mas há pequenos rasgos de alegria como um envergonhado raio de sol que espreita por entre nuvens de um céu cinzento. Uma réstia de esperança que infelizmente se extinguiu cedo demais.

Músicas como Humiliation ou Suicide espelham o fascínio de Yoñlu pela morte, mas com Olhe Por Nós, marcado pelo ritmo samba, o jovem Vinicius tece críticas políticas. Polyalphabetic Cipher é uma faixa declamada e Little Kids é uma simples mas bonita cover dos também-geniais-e-com-influências-bossa-nova Kings of Convenience que merece ser escutada com atenção. Katie Don't Be Depressed cai bem do início ao fim e até Estrela, Estrela e Luana (Mecânica Celestial Aplicada), duas simples baladas cantadas em brasileiro me soam bem (e quem me conhece sabe a comichão que a língua por vezes me faz). O disco tem ao todo 14 faixas, mas com esta amostra já se percebe o génio criativo de Yoñlu.
Penso ser seguro dizer que Vinicius Gageiro Marques é mais um dos muitos génios atormentados que, com tanto ainda para dar, abandonam o mundo prematuramente. É de facto uma pena que estes talentos não se cheguem a desenvolver plenamente...
Enfim, aconselho uma (e outra, e outra, e outra... ad infinitum) audição a A Society In Which No Tear Is Shed Is Inconceivably Mediocre, vale mesmo a pena.

13bly

Sunday, February 21, 2010

XVI Fotograma

fotograma

s. m.,
cada imagem fotográfica de um filme;

Edward Scissorhands
13bly

Saturday, February 20, 2010

Série Ípsilon IV - Le scaphandre et le papillon

Jean Dominique Bauby, editor da revista de moda francesa ELLE, sofre um AVC e como consequência fica quase totalmente paralisado. Os médicos dizem tratar-se de locked-in syndrome e afirmam ser uma condição muito rara. JeanDo (como lhe chamam os amigos) está então perfeitamente consciente, mas apenas consegue movimentar a sua pálpebra esquerda. Desta forma vê-se obrigado a comunicar com o piscar do olho e a adaptar-se a uma estranha forma de vida.


O título do filme é também o título do livro de memórias que Jean Dominique acabou por escrever na vida real ditando o seu conteúdo letra a letra a uma assistente. Para isso utilizou o método aconselhado pela sua terapeuta no qual alguém recita o alfabeto (devidamente ordenado por ordem de frequência de utilização das letras) ficando à responsabilidade de JeanDo piscar o olho quando se chegar à letra que pretende. Tanto o escafandro como a borboleta são metáforas e representam, respectivamente, a 'prisão' na qual JeanDo se sente encarcerado e a liberdade que, ao mesmo tempo, a sua imaginação lhe confere.

Com a ajuda das suas terapeutas, alguns amigos e da mãe dos seus filhos, JeanDo vai conseguindo pequenas conquistas e com elas, aos poucos, vai abandonando o seu compreensível sentimento de revolta e vontade de morrer. Curiosamente, talvez à semelhança do que o próprio personagem sentia, achei que a fase inicial do filme era mais 'pesada', indo-se aliviando aos poucos sem no entanto se chegar a tornar 'leve'.

Mesmo que a inspiradora e - tirando algumas pequenas imprecisões - verídica história de Jean Dominique Bauby pudesse pura e simplesmente ser ignorada, Le Scaphandre et le Papillon ainda seria um grande filme, mais não fosse pela sublime abordagem que Julian Schnabel (o realizador) adoptou.
Grande parte do filme é visto da perspectiva do próprio Jean Dominique, um 'truque' engenhoso apesar de todos os 'inconvenientes' que isso possa trazer para o espectador. A visão está frequentemente obstruída ou desfocada (principalmente ao acordar). Por vezes ele está posicionado contra a luz (dando origem a efeitos visualmente espantosos) e noutras situações o seu campo de visão não alcança o que ele pretendia, deixando assim parte da acção 'fora de cena'.

Le Scaphandre et le Papillon tem ainda o condão de tratar um tema algo delicado sem se tornar excessivamente deprimente, muito graças às constantes tiradas humorísticas de JeanDo. É um filme fascinante graças à forma original de como a história é contada, permite ao espectador sentir parte da impotência do personagem principal. É para mim, até agora, o melhor filme desta colecção. Carimbo-o de obrigatório.

Em breve - Mon Oncle e Valmont

13bly

Friday, February 19, 2010

mixtape número treze

13 billion lightyears, 13 mixtapes, 8 faixas

13bly

Thursday, February 18, 2010

Ai destino, ai destino! *

destino

s.m.
combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que influem de um modo inelutável;
situação resultante dessa combinação;
emprego, aplicação;
fatalidade;
direcção;
lugar a que se dirige alguém ou é dirigida alguma coisa.

Destino
é ainda o resultado da colaboração entre Walt Disney e Salvador Dali.


Iniciado em 1946, o projecto ficou em suspenso durante mais de 50 anos até que Roy Edward Disney (sobrinho de Walt) o desenterrou das profundezas dos cofres da Disney enquanto trabalhava em Fantasia 2000. Durante os próximos anos os estúdios franceses pegaram nos desenhos da storyboard original e começaram a materializar o que Disney, Dali e ainda o artista John Hench tinham idealizado meio século antes.

A intenção de Roy Disney era terminar o filme para incluí-lo em Fantasia 2006, mas esse projecto acabou por ser cancelado aguardando-se ainda nos dias de hoje o lançamento oficial da curta metragem. Por todos estes contratempos, Destino gozou de uma exposição pública limitada sendo apenas exibido num número reduzido de festivais (teve inclusivamente nomeado para o Óscar de Melhor Curta Metragem de Animação) ou exposições de Dali. Está no entanto finalmente confirmado o seu lançamento em DVD em conjunto com um documentário que retrata a relação entre Walt Disney e Salvador Dali para o decorrente ano de 2010.


Nos cerca de 6 minutos de Destino é-nos contada a história de um amor trágico entre uma jovem mortal e Chronos, o Deus do Tempo. Com uma música e animação dentro dos excelentes padrões clássicos a que a Disney nos habituou e com o estilo surrealista de Dali, Destino é um autêntico doce visual.
Face a esta pequena pérola apenas me resta perguntar que outros tesouros perdidos não estarão escondidos nos cofres da Disney?

13bly

*desculpem, não resisti a citar o grande Tony Carreira.

Wednesday, February 17, 2010

Discos do Baú nº2

Para o segundo Disco do Baú escolhi Tom Waits. Este é um dos meus músicos de eleição e, por isso mesmo, estarei bastante mais à vontade com o tema do que estava quando falei de Coltrane. No entanto, nem tudo são rosas e desta vez a principal dificuldade não residiu no estilo musical mas antes em escolher qual, dos muitos (diferentes, mas ainda assim excelentes) álbuns de Waits haveria de seleccionar.

Algo dividido também entre o Rain Dogs e o Blood Money acabei por eleger Heartattack and Vine por, para além de ser um dos meus favoritos, ser também um ponto de viragem na carreira de Waits. Heartattack and Vine foi o último álbum lançado pela editora Asylum e seria também o último com características "mais tradicionais" antes de mergulhar em experimentalismos e se reinventar com Swordfishtrombones.

HEARTATTACK AND VINE
Tom Waits (1980)

Género - Blues ?
Editora - Asylum
Duração - 43:42
Faixas - 9
  1. Heartattack and Vine (4:50)
  2. In Shades (4:25)
  3. Saving All my Love for You (3:41)
  4. Downtown (4:45)
  5. Jersey Girl (5:11)
  6. 'Til the Money Runs Out (4:25)
  7. On the Nickel (6:19)
  8. Mr Siegal (5:14)
  9. Ruby's Arms (5:35)
Apesar de ser EXTREMAMENTE difícil definir o estilo de Waits, eu diria que a grande influência de Heartattack and Vine e de grande parte da sua obra até aí (com excepção de algumas baladas 'choronas' e de algumas músicas com claros rasgos de jazz) será o blues.

O álbum começa com a faixa que lhe dá o nome. Heartattack and Vine é o ponto de partida para esta viagem noctívaga. A percussão e o contrabaixo marcam um compasso lento que define o ambiente algo decrépito que se viverá nalgum bar manhoso situado no cruzamento de duas ruas. Essa percepção é intensificada pela a voz esforçada do próprio Waits que quase faz doer a garganta só de ouvir. A faixa seguinte é instrumental e, não sendo genial, é bastante agradável e encaixa que nem uma luva no ambiente descrito anteriormente. Adequadamente baptizada de In Shades, esta música reforça o ambiente sombrio de bar pouco frequentado. Ao fundo ouvem-se alguns sons de pessoas a conversar dando a impressão de estar a ser tocada por uma qualquer banda no bar manhoso já referido.

Nada transmite melhor os sentimentos de um amor perdido do que Waits sentado ao piano. Saving All My Love for You e Ruby's Arms (que fecha o álbum brilhantemente) são dois dos melhores exemplos disso. Tanto a nível musical como lírico Waits consegue transportar para este disco toda a carga emocional associada a um desgosto amoroso.
Já que falo das baladas, Jersey Girl é a segunda de Heartattack and Vine, mas desta feita, ao invés de se apoiar numa melodia de piano, esta música busca inspiração no country tradicionalmente americano, fazendo lembrar o estilo de Bruce Springsteen (que uns anos mais tarde viria inclusivamente a tocar esta música). Pessoalmente, a par de 'Til the Money Runs Out esta será a faixa que menos gosto mas, importa dizer que, tanto uma como a outra dificilmente podem ser consideradas más...

Downtown, é a música mais dançável do álbum e aparece 'ensanduichada' entre duas baladas (Saving All My Love for You e Jersey Girl) garantindo ao mesmo um certo equilíbrio. O mesmo se passa com Mr.Siegal que, com um toque bem regado a whisky procura levantar um pouco o ânimo após On the Nickel - a faixa mais deprimente de Heartattack and Vine.
Penso que o álbum termina da melhor forma, não só com Ruby's Arms que é, adequadamente, uma balada de despedida, mas também com as duas músicas que a antecedem que são, para mim, as melhores deste disco.

Heartattack and Vine é bem equilibrado entre baladas e faixas mais agitadas. É também um excelente legado e ponto final de uma fase de Waits pré-Swordfishtrombones.

13bly

Tuesday, February 16, 2010

Se Deus tivesse um mp3... [13]

... de certeza que esta música estaria lá!











Oh Sinnerman, where you gonna run to?
Sinnerman, where you gonna run to?
Where you gonna run to?
... 
Sinnerman you oughta be prayin'
Oughta be prayin', Sinnerman
Oughta be prayin'


Nina Simone - Sinnerman

13bly

Monday, February 15, 2010

Série Ípsilon III - About Schmidt

Há qualquer coisa em Alexander Payne, o realizador de About Schmidt, que não me convence. Já quando, há uns anos, vi o Sideways senti que me devia ter escapado algo pois não conseguia encontrar no filme motivos para a aclamação de que foi alvo. Com About Schmidt a sensação foi algo semelhante mas, apesar de tudo, consegui gostar mais deste.


Warren E. Schmidt acabou de se reformar e está a adaptar-se a uma nova vida quando uma outra mudança súbita lhe entra porta adentro - a morte da esposa. Ambos estes acontecimentos ocorrem a poucas semanas do casamento da sua filha com um homem que Schmidt não gosta. São motivos mais do que suficientes para levar qualquer um à loucura.
Seria impossível falar neste filme sem referir a excelente prestação (mais uma) de Jack Nicholson que parece fadado para desempenhar personagens com maior ou menor grau de desequilíbrio mental.

Não sei porquê esperava mais momentos humorísticos e menor ênfase no drama quando o que aconteceu é precisamente o contrário. É certo que há elementos de comédia (algo disseminada e negra) aqui e ali, mas o fio condutor do filme é claramente o drama, é isso que move Warren Schmidt a fazer uma espécie de viagem de auto-conhecimento dias antes do casamento da filha e foi precisamente a intensidade dramática do filme que mais me surpreendeu, principalmente nas cenas finais.

Apesar de não ter achado About Schmidt um filme particularmente fascinante, acabou por surpreender-me pela positiva e, não sendo um título que valoriza a colecção por aí além, também não se pode dizer que se encontra desajustado do seu contexto.

Ainda esta semana (espero eu): Le scaphandre et le papillon e Mon Oncle

13bly

Sunday, February 14, 2010

Saturday, February 13, 2010

Duas bandas: a desenhada e a de música

Ultrapassada uma fase de actividade académica mais intensa, é com um enorme prazer que 'regresso à actividade' aqui no 13bly. Sei que tenho umas rubricas em atraso (nomeadamente dois filmes da série y e uma mixtape), mas o que me leva a escrever aqui hoje é a última edição da excelente iniciativa Optimus Discos.

Depois de alguns lançamentos de grande qualidade como os EPs de Mazgani, Linda Martini ou Tiguana Bibles entre outros (e acreditem que haveria mais alguns a destacar) eis que, os You Can't Win, Charlie Brown têm finalmente a oportunidade de editar também um EP.
O nome é uma clara alusão aos clássicos Peanuts de Charles M. Schulz e a sua música reflecte também um pouco do espírito das aventuras de Charlie Brown e companhia. Na formação desta banda lista o nome de David Santos, também conhecido nas lides musicais pelo seu projecto a solo: Noiserv. Foi aliás graças a ele que cheguei até aos Charlie Brown e me perdi na sua música. Gostei do que ouvi no myspace, acompanhei o progresso da banda no Festival Termómetro, onde chegaram à final e, agora posso finalmente posso leva-los comigo para todo o lado no mp3.

A sua sonoridade lembra-me muitas vezes Patrick Watson graças a uma certa melancolia melódica, às vozes e coros com algum eco e a estruturas pop nem sempre lineares. Essas semelhanças são particularmente notáveis em Melódica, Sad Song e em The Song Below. Já outras faixas como a Little Beam têm uma estrutura pop mais tradicional, bem mais acessível, lembrando por vezes The Shins na boa disposição que transmite ou até mesmo Fleet Foxes com os jogos de voz.

Esta é sem sombra de dúvidas uma banda à qual vou ficar atento e cujo álbum ficarei a aguardar com bastante expectativa. Dito isto, resta apenas dizer que este EP, bem como todos os outros das séries Optimus Discos, está disponível para download gratuito aqui.

13bly

Thursday, February 11, 2010

Audiovisual V

audiovisual

adj. 2 gén.,
relativo simultaneamente à audição e à visão;
que associa som e imagem no processo de comunicação;
CAROUSEL
(mais experiências audiovisuais em breve)

O 13bly deverà regressar à actividade mais frequente ainda este fim de semana.

13bly

Monday, February 8, 2010

Como?! Importa-se de repetir? #3

Hoje fiquei chocado quando descobri que tinha não um, não dois, mas três (3!!) canais dedicados a relaxar. Ao que parece, desde Abril do ano passado (sim, vejo imensa televisão...) que a ZON tem na sua grelha de canais o myZen TV.
Pelo que pude apurar, os três canais são essencialmente a mesma coisa:
  1. myzen.tv HD nature: com imagens e sons da natureza (nomeadamente praias paradisíacas);
  2. myzen.tv HD music: as mesmas imagens e sons do canal anterior mas com música de elevador (ou aqueles CDs de yoga foleiros que se vê a vender nos quiosques) por cima;
  3. myzen.tv HD coaching: as mesmas imagens, sons e música do canal anterior mas com uma voz suave a descrever exercícios de relaxamento.
Tinha intenções de tecer alguma piada sobre isto mas fiquei sem palavras. Será que alguém vê isto? 13bly

Sunday, February 7, 2010

7º "Os fins justificam os meios"

fins
s.m.pl.
Escopo, desígnio, alvo.

meios
s.m.pl.
Bens, fortuna, recursos, haveres.
Arte com meios não tradicionais.

#7 LÁPIS e "BORRACHA"

Lápis





(lápis de cera também contam)

"Borracha"
(fui enganador não fui?)


Detalhe:

E a título de "piada":

Outros meios:

13bly

Friday, February 5, 2010

Thursday, February 4, 2010

(X por Y)^15



X=Capas de Álbuns ; Y= Lego
(clicar nas imagens para ver os originais)

13bly

Tuesday, February 2, 2010

Nos últimos dias os correios não páram

Agora só preciso de tempo. Será que dá para encomendar por correio?

13bly

Monday, February 1, 2010

Blog de Ouro



Abriu a votação!

Podem votar no 13 bly para o Cotonete Golden Blog de Janeiro.

(cliquem na imagem para votar)


O 13bly também foi recentemente destacado no Um Rapaz Mal Desenhado como "Blog Dem Desenhado da Semana". Esta coisa dos destaques até tem sido gira. Agradeço o apoio de todos.

13bly